Izabella Camargo fala sobre Justiça exigir que Globo a recontrate
Jornalista, que sofria com síndrome de burnout, foi demitida pela emissora quando voltou de uma licença médica
A jornalista Izabella Camargo, fora da Globo desde o final do ano passado, se pronunciou após a Justiça determinar que a emissora a recontrate. Em entrevista a VEJA, ela afirmou não saber de nada. “Ninguém de lá falou comigo”, contou.
Izabella, que sofria com síndrome de burnout, foi demitida após voltar de uma licença médica. Na época, ela disse acreditar que tenha sido dispensada por conta da doença. Izabella foi apresentadora da previsão do tempo dos telejornais Hora 1 e Bom Dia Brasil, durante seis anos.
Ainda segundo Izabella, o caso corre sob segredo de Justiça. “O que posso dizer é que a decisão pode beneficiar todos que sofrem suas dores invisíveis e foram prejudicados por desenvolverem problemas físicos ou mentais nos ambientes profissionais. Como jornalista fico feliz. Como poderia ser diferente? Não buscar a verdade? Não buscar a lei? Fazemos isso com todas as pautas que nos dão para pesquisar e trabalhar! Estou exercendo a profissão que escolhemos! Entendo que nossa missão é essa: falar a verdade. Não fiz nada de errado. Fiz o melhor que pude sempre”, afirmou.
A jornalista ainda não superou a doença, só este ano, ela conta ter sofrido seis crises de estresse. A síndrome de burnout é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, bancários, professores, policiais, bombeiros, jornalistas, entre outros.
Síndrome de burnout
O Burnout é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho, em que os profissionais se sentem pressionados por melhores resultados. Com isso, assumem cargas excessivas de atividades e responsabilidades e chegam a um nível de estresse devastador.
De acordo com pesquisa realizada pela Isma (International Stress Management Association), 72% dos entrevistados brasileiros sofrem com estresse e 30% deles apresentam a doença.