Marcos Mion se revolta com humorista Léo Lins por piada com autistas

"Se perdemos o respeito, não podemos exigi-lo", afirmou o apresentador

26/09/2020 01:02

Marcos Mion publicou um vídeo em seu perfil no Instagram, na última quinta-feira, 24, indignado com uma piada com autistas que contou com a participação do humorista Léo Lins e sua namorada na mesma rede social esta semana.

Marcos Mion se revolta com humorista Léo Lins por piada com autistas
Marcos Mion se revolta com humorista Léo Lins por piada com autistas - Reprodução/Instagram e TV Record

A namorada de Léo Lins, que é conhecido por suas piadas ácidas, a ex-panicat Aline Mineiro, publicou um vídeo nos stories do Instagram, na última segunda-feira, 21, no qual o humorista aparece sentado em um sofá, isolado num canto, sem ninguém ao seu redor. Até aí, tudo bem. O problema estava na legenda: “Parece autista”, escreveu ela.

Logo em seguida, o comentário de Aline gerou revolta nas redes sociais e ela foi acusada de preconceito.

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Com a repercussão negativa, a namorada de Léo Lins apagou o vídeo. Depois disso, ainda surgiu na internet, uma suposta resposta de Léo Lins direcionada às pessoas que apontaram o conteúdo ofensido. Na mensagem, uma pessoa pedia: “Aconselhe a sua namorada para retratar”. E Léo Lins teria respondido: ”Eu tentei, eu até pedi para ela aconselhar vocês a enfiarem um pênis gigantesco na boca”. A veracidade desta mensagem não foi comprovada.

Marcos Mion, que é pai de Romeo, um menino portador de autismo – e engajado na luta contra a discriminação de pessoas autistas – se revoltou com a história e usou seu perfil no Instagram para falar sobre o caso.

Marcos Mion exigiu que meninas legais sejam tomadas: “Energia ruim gera energia ruim. Peço, de coração, que os ataques cessem. O que tiver que ser feito, que seja feito da forma eficiente, na justiça, no silêncio, sem exposição e agressividade. Dos dois lados. A @fatimadekwant e a @reunida.autismo estão em cima de tudo. E estão me reportando. Comunidade, precisamos de paz até para lutar. Se perdemos o respeito, nos tornamos iguais ou piores que nossos agressores. Se perdemos o respeito, não podemos exigi-lo. Nossa batalha não é fácil, eu sei, mas temos que agir com razão para não colocar em dúvida tudo que conquistamos. . O que tiver que ser feito, será. Na justiça. Não se preocupem. Vamos manter a paz. #AutismoNãoÉAdjetivo”, escreveu ele na legenda do post. Confira o vídeo abaixo:

Autismo: o transtorno que afeta 70 milhões de pessoas

O Autismo começa na infância e pode persistir na adolescência e na idade adulta. Nos primeiros cinco anos de idade já é possível notar alguma característica do transtorno, seja na comunicação ou ao realizar atividades. “Antes dos três anos de idade os sinais começam a aparecer e são acompanhados pela dificuldade de interação com os pais e com outras crianças. É comum, nestes casos, dar nome a coisas, mas não dizer, por exemplo, “papai ou mamãe”. Elas ficam fixadas em rituais comportamentais, estímulos sensoriais e prestam atenção a situações que para algumas pessoas não dão tanta importância”, explica o psiquiatra da NeuroAnchieta Ronney Eustórgio Machado.

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