Regina Duarte é processada por jornalista que teve o pai morto na ditadura
Atriz ficou aliviada de sair do governo Bolsonaro, mas as 'buchas' ainda estão assombrando a ex-Secretária de Cultura
Regina Duarte ficou aliviada e disse ‘ufa’ ao deixar o cargo de Secretária de Cultura do governo Bolsonaro mas, ao que parece, sua situação está preocupante no momento. Isso porque a atriz está sendo processada pela jornalista Lygia Jobim, que a acusou de fazer apologia a crimes de tortura.
Jobim alegou que Regina, na época em que fazia parte da equipe do presidente, relativizou os crimes cometidos durante a Ditadura Militar, na polêmica entrevista concedida à CNN em 7 de maio. Lygia é filha de José Jobim, sequestrado, torturado e morto em 1979, durante o regime. “Fiquei horrorizada”, disse ela.
Em entrevista ao jornal O Globo, a jornalista desabafou: “Não há liberdade de expressão que abarque a apologia a crimes. É um acinte a todos os que foram afetados pela violência”.
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De acordo com a publicação, a ação tramita no Juízo Substituto da 23ª VF do Rio de Janeiro e se estende também ao Ministério do Turismo, que abriga a secretaria.
Agora, Lygia cobra uma indenização de R$ 70 mil. A denunciante afirmou ainda que abriu o processo em memória de sua família e de todas as pessoas afetadas pelo regime.
Na época das declarações absurdas de Regina Duarte, artistas como Bruno Gagliasso, Anitta, Alice Wegman e José de Abreu também se revoltaram.
Duas semanas após a entrevista, Regina foi demitida e a exoneração foi registrada no Diário Oficial da União em 10 de junho. No último dia 19, Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou o ator Mário Frias como novo Secretário Especial da Cultura.