Robô aproxima familiares e pacientes durante visita hospitalar no PR
Os robôs são capazes de interagir em português, detectar pessoas e se movimentar de forma autônoma
A inteligência artificial tem o potencial de melhorar serviços e trazer benefícios tanto para empresas quanto o atendimento aos usuários. No setor da saúde, as soluções tecnológicas melhoram os processos internos e o tratamento de pacientes nas organizações de saúde.
Estima-se que, até 2025, o uso de inteligência artificial no setor da saúde movimente mais de 34 bilhões de dólares e 90% dos hospitais dos EUA usarão inteligência artificial para salvar vidas e melhorar sua qualidade de atendimento.
Em Curitiba, a startup Human Robotics, acelerada pela Hotmilk –Ecossistema de Inovação da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), desenvolveu robôs físicos de atendimento e interação presencial para aplicar inteligência artificial na melhoria dos serviços hospitalares.
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A aplicação desta tecnologia deverá trazer além de benefícios sociais, ganhos de eficiência em processos assistenciais para os hospitais e outras organizações de saúde.
Os robôs da Human Robotics são capazes de interagir em português, detectar pessoas e se movimentar de forma autônoma. Por trás, existe uma plataforma de software que permite configurar de forma simples o que o robô vai falar, perguntar e mostrar.
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“Por ter movimento da cabeça, expressões e falar em português, o nosso robô traz uma experiência de autoatendimento humanizado muito superior a um totem estático”, explica Olivier Smadja, fundador da Human Robotics.
No Hospital Universitário Cajuru (HUC) o robô atua como um meio para familiares conversarem com os pacientes, impossibilitado pela quarentena. A medida é importante para estabelecer o vínculo emocional dos pacientes da UTI com os familiares.
“Na UTI o paciente não tem acesso à internet nem celular, e com isolamento social, todas as visitas estão suspensas”, explica o diretor geral do HUC, Juliano Gasparetto.
Tecnologia x covid-19
Com a pandemia da covid-19, a empresa está adaptando a tecnologia para fazer triagem autônoma e telepresença, possibilitando atender os pacientes em quarentena sem risco de contaminação dos trabalhadores do hospital.
Os robôs de serviço hospitalar são capazes de receber os pacientes e fazer a triagem de forma autônoma, sem exposição dos colaboradores do hospital, o que diminui o risco de contaminação. Em seguida, coletam os dados dos pacientes, orientam os pacientes em função do seu estado e em breve poderão medir a temperatura do paciente.
“O uso dos robôs diminui a exposição dos médicos e enfermeiros a contaminações, ao mesmo tempo em que traz a humanização da medicina facilitando a comunicação por voz e vídeo entre pacientes (em quarentena ou não) e familiares. Além disso, proporciona o acesso remoto para acompanhamento de cirurgias e casos sem risco de contaminação”, explica Smadja.
Além de automatizar os processos, os robôs são capazes de prestar serviços de informação e comunicação, além de gerar relatórios específicos para análises pela gestão do hospital.
Por meio da navegação autônoma, os robôs podem levar remédios, comida e objetos de forma automática ou guiada pelo robô, bem como guiar pacientes para ir até um determinado local dentro das instalações hospitalares.