Robô aproxima familiares e pacientes durante visita hospitalar no PR

Os robôs são capazes de interagir em português, detectar pessoas e se movimentar de forma autônoma

05/06/2020 08:45

A inteligência artificial tem o potencial de melhorar serviços e trazer benefícios tanto para empresas quanto o atendimento aos usuários. No setor da saúde, as soluções tecnológicas melhoram os processos internos e o tratamento de pacientes nas organizações de saúde.

Estima-se que, até 2025, o uso de inteligência artificial no setor da saúde movimente mais de 34 bilhões de dólares e 90% dos hospitais dos EUA usarão inteligência artificial para salvar vidas e melhorar sua qualidade de atendimento.

 Startup acelerada pela Hotmilk utiliza inteligência artificial para atuar na área da saúde
 Startup acelerada pela Hotmilk utiliza inteligência artificial para atuar na área da saúde - Divulgação

Em Curitiba, a startup Human Robotics, acelerada pela Hotmilk –Ecossistema de Inovação da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), desenvolveu robôs físicos de atendimento e interação presencial para aplicar inteligência artificial na melhoria dos serviços hospitalares.

A aplicação desta tecnologia deverá trazer além de benefícios sociais, ganhos de eficiência em processos assistenciais para os hospitais e outras organizações de saúde.

Os robôs da Human Robotics são capazes de interagir em português, detectar pessoas e se movimentar de forma autônoma. Por trás, existe uma plataforma de software que permite configurar de forma simples o que o robô vai falar, perguntar e mostrar.


#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:


“Por ter movimento da cabeça, expressões e falar em português, o nosso robô traz uma experiência de autoatendimento humanizado muito superior a um totem estático”, explica Olivier Smadja, fundador da Human Robotics.

No Hospital Universitário Cajuru (HUC) o robô atua como um meio para familiares conversarem com os pacientes, impossibilitado pela quarentena. A medida é importante para estabelecer o vínculo emocional dos pacientes da UTI com os familiares.

“Na UTI o paciente não tem acesso à internet nem celular, e com isolamento social, todas as visitas estão suspensas”, explica o diretor geral do HUC, Juliano Gasparetto.

Tecnologia x covid-19

Com a pandemia da covid-19, a empresa está adaptando a tecnologia para fazer triagem autônoma e telepresença, possibilitando atender os pacientes em quarentena sem risco de contaminação dos trabalhadores do hospital.

  Os robôs são capazes de interagir em português, detectar pessoas e se movimentar de forma autônoma
  Os robôs são capazes de interagir em português, detectar pessoas e se movimentar de forma autônoma - Divulgação

Os robôs de serviço hospitalar são capazes de receber os pacientes e fazer a triagem de forma autônoma, sem exposição dos colaboradores do hospital, o que diminui o risco de contaminação. Em seguida, coletam os dados dos pacientes, orientam os pacientes em função do seu estado e em breve poderão medir a temperatura do paciente.

“O uso dos robôs diminui a exposição dos médicos e enfermeiros a contaminações, ao mesmo tempo em que traz a humanização da medicina facilitando a comunicação por voz e vídeo entre pacientes (em quarentena ou não) e familiares. Além disso, proporciona o acesso remoto para acompanhamento de cirurgias e casos sem risco de contaminação”, explica Smadja.

Além de automatizar os processos, os robôs são capazes de prestar serviços de informação e comunicação, além de gerar relatórios específicos para análises pela gestão do hospital.

Por meio da navegação autônoma, os robôs podem levar remédios, comida e objetos de forma automática ou guiada pelo robô, bem como guiar pacientes para ir até um determinado local dentro das instalações hospitalares.