Alucinações: 14 situações que podem atuar como gatilho
Esses eventos ocorrem quando há alguma desregulação da atividade cerebral que faz com que o indivíduo perceba a realidade de maneira fantasiosa
As alucinações parecem reais, mas não são. Tratam-se de uma falsa percepção de objetos ou eventos que envolvem os sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar.
É o cérebro quem produz esse engano, propondo um mecanismo semelhante ao dos sonhos.
No caso, por exemplo, de uma alucinação visual, o cérebro projeta uma imagem virtual (inexistente) sobreposta a um fundo verdadeiramente existente.
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Como esse mecanismo é inconsciente para quem sofre de alucinações, a pessoa afetada não tem motivos para acreditar que aquela imagem não seja real. Esse comportamento cerebral faz com que a pessoa reaja da mesma forma que reagiria à imagem real.
Quais os tipos de alucinações?
- Auditivas: ocorrem quando uma pessoa ouve sons, vozes ou ruídos que não estão presentes no ambiente. São comuns em transtornos como esquizofrenia.
- Visuais: envolvem ver imagens, formas, luzes ou pessoas que não existem. Podem ser causadas por condições neurológicas, uso de substâncias ou febre alta.
- Olfativas: o indivíduo sente cheiros que não têm uma fonte externa. Essas alucinações podem ocorrer em condições como epilepsia do lobo temporal.
- Gustativas: ocorrem quando a pessoa percebe gostos sem a presença de alimentos ou bebidas. Podem estar associadas a problemas neurológicos ou psiquiátricos.
- Táteis: envolvem a sensação de toque ou movimento na pele, como a impressão de insetos rastejando. São comuns em condições como o delírio tremens devido à abstinência de álcool.
Mas o que leva uma pessoa a ter uma alucinações?
As drogas e a embriaguez são as causas mais lembradas quando se fala de alucinações. No entanto, vários outros fatores, incluindo de saúde, podem provocar essas alterações na atividade cérebro.
Há um consenso entre os médicos de que os distúrbios sensoriais devidos a alucinações estão presentes em uma variedade de condições psiquiátricas. Mas também podem fazer parte das vivências cotidianas de pessoas que não possuem doenças mentais.
Esporadicamente, elas podem ocorrer em pessoas saudáveis, por exemplo em momentos de elevado estresse ou em condições de privação de sono.
Confira as situações em que podem ocorrer alucinações
Distúrbios Mentais
- Esquizofrenia: uma das causas mais conhecidas de alucinações, especialmente auditivas, onde o indivíduo pode ouvir vozes que não existem.
- Transtorno bipolar: durante episódios maníacos ou depressivos severos, algumas pessoas podem experimentar alucinações.
- Depressão psicótica: Alucinações podem ocorrer em casos graves de depressão, muitas vezes acompanhadas de delírios.
Distúrbios Neurológicos
- Doença de Parkinson: além dos sintomas motores, pacientes podem ter alucinações visuais.
- Epilepsia: durante ou após uma convulsão, especialmente no lobo temporal, alucinações podem ocorrer.
- Demência: condições como a doença de Alzheimer podem causar alucinações visuais e auditivas em estágios avançados.
Uso de Substâncias
- Drogas psicoativas: substâncias como LSD, psilocibina e MDMA são conhecidas por induzir alucinações.
- Abuso de Álcool: em casos de intoxicação grave ou durante a síndrome de abstinência alcoólica, esses eventos podem ocorrer.
- Medicamentos: alguns medicamentos, como os anestésicos e os esteroides, podem causar alucinações como efeito colateral.
Condições Médicas Gerais
- Febre alta: ocorre em casos de febre severa, especialmente em crianças.
- Infecções: algumas infecções, como a meningite e a encefalite, podem levar a esses episódios devido à inflamação do cérebro.
- Distúrbios metabólicos: desequilíbrios eletrolíticos ou hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) podem causar o evento.
Outros fatores
- Privação de Sono: a falta de sono pode afetar significativamente a percepção sensorial, levando ao problema.
- Estresse e ansiedade: altos níveis de estresse e ansiedade podem precipitar episódios alucinatórios, especialmente em indivíduos predispostos.
- Histórico familiar: Ter um histórico familiar de transtornos mentais pode aumentar o risco.
Qual a diferença entre delírio e alucinação?
Primeiramente, delírio refere-se a uma crença ou convicção falsa, firme e inabalável, que não se baseia na realidade e persiste apesar de evidências contrárias.
Por exemplo, uma pessoa com delírio pode acreditar firmemente que está sendo perseguida por agentes do governo, mesmo quando não há qualquer evidência disso.
Essa crença pode envolver temas variados, como perseguição, ciúmes ou questões somáticas.
Por outro lado, alucinação é uma percepção sensorial que ocorre na ausência de um estímulo externo real.
Diferentemente do delírio, que é uma crença, a alucinação é uma experiência sensorial vivida como real.
Pode afetar qualquer um dos sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Por exemplo, uma pessoa pode ver figuras ou objetos que não existem, ouvir vozes que ninguém mais ouve ou sentir cheiros estranhos que não estão presentes.
Além disso, enquanto o delírio é uma convicção errônea sobre a realidade, a alucinação é uma falsa percepção sensorial sem um estímulo externo.
Qual o tipo mais comum de alucinação?
O tipo mais comum de alucinação é a alucinação auditiva. Esse tipo de alucinação é especialmente prevalente em condições psiquiátricas como a esquizofrenia, onde os indivíduos frequentemente relatam ouvir vozes que comentam suas ações, conversam entre si ou dão comandos diretos.
Alucinações auditivas podem variar significativamente em conteúdo e intensidade.
Algumas pessoas ouvem vozes claras e distintas, enquanto outras podem ouvir sons vagos ou murmúrios.
Essas vozes podem ser amigáveis, neutras ou hostis e, em alguns casos, podem instruir o indivíduo a realizar determinadas ações, o que pode ser particularmente perigoso se as instruções forem prejudiciais.