As 13 fobias específicas mais comuns e o que elas causam

As fobias aparecem juntamente com sintomas fisiológicos e psicológicos

Existem inúmeras fobias específicas, algumas bem comuns. Uma fobia específica é um transtorno de ansiedade que envolve medo ou ansiedade desproporcional a um determinado estímulo, situação, objeto, atividade ou ambiente. Além desse medo, irracional e muito intenso, existe a evitação dessas situações. 

Esses medos são desproporcionais ao perigo real apresentado pela situação ou objeto temido e podem levar a uma resposta de ansiedade extrema quando confrontados com eles. Existem diferentes tipos de fobias, que podem ser classificadas em três categorias principais:

  • Fobias específicas

Também conhecidas como fobias simples, essas fobias envolvem um medo específico e irracional de um objeto, animal, atividade ou situação particular. Alguns exemplos comuns incluem fobia de aranhas (aracnofobia), fobia de altura (acrofobia), fobia de voar (aerofobia), fobia de espaços fechados (claustrofobia) e fobia de agulhas (belonofobia).

É importante notar que as fobias podem variar em gravidade, e algumas pessoas podem ser capazes de gerenciar seus sintomas com sucesso
Créditos: PeopleImages/istock
É importante notar que as fobias podem variar em gravidade, e algumas pessoas podem ser capazes de gerenciar seus sintomas com sucesso
  • Fobia Social

Também conhecida como transtorno de ansiedade social, essa fobia envolve um medo intenso de situações sociais ou de desempenho, nas quais a pessoa pode sentir-se julgada, avaliada negativamente ou humilhada. Isso pode incluir medo de falar em público, participar de reuniões sociais, interagir com estranhos ou comer em público.

  • Agorafobia

A agorafobia é caracterizada por um medo intenso de estar em lugares ou situações onde escapar pode ser difícil ou embaraçoso, ou onde a ajuda pode não estar disponível em caso de emergência. Isso pode levar as pessoas a evitar uma variedade de situações, como multidões, espaços abertos, transporte público ou locais fora de casa.

As 13 fobias mais comuns que existem

Uma revisão de estudos publicada no The Lancet Psychiatry descobriu que as fobias mais comuns estão relacionadas a altura, animais, voo, espaços fechados, água, tempestades e sangue.

A seguir apresentamos cada um desses tipos:

1. Fobia de altura (acrofobia)

Pessoas que sofrem dessa fobia experimentam uma ansiedade intensa e irracional quando pensam em altura ou se encontram em alguma altura. Devido à reação emocional e ao medo, evitam situações ou lugares elevados.

A acrofobia não se manifesta apenas em locais muito altos ou extremos, como um penhasco, mas também aparece ao subir escadas, ficar em uma varanda, dirigir um carro em um estacionamento alto, atravessar uma ponte, etc.

2. Fobia animal (zoofobia) 

O medo de animais é uma das fobias mais comuns. Este medo extremo pode concentrar-se num animal, em vários ou em todos. Pode ser o resultado de um trauma ou de uma experiência desagradável com eles, ou estar associado a outro transtorno de ansiedade.

Quem sofre não só evita o contato com esses seres vivos, mas também com as situações em que os pode encontrar. Muitas pessoas zoofóbicas limitam suas visitas a parques naturais, espaços públicos ou a casas de amigos que tenham animais de estimação. 

3. Fobia de voo (aerofobia)

Pessoas com aerofobia apresentam medo irracional, intenso e persistente de viajar de avião. Elas podem ter medo não só do ato de voar em si, mas também de outros aspectos como decolagem, turbulência, ficar preso no avião, pousar, etc.

Quando têm que viajar, sentem uma enorme ansiedade. Por isso, procuram rotas alternativas que não exijam voo. 

Fobia de voo está entre as mais comuns
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Fobia de voo está entre as mais comuns

4. Fobia de espaços fechados (claustrofobia)

A manifestação da claustrofobia depende de pessoa para pessoa, embora, em geral, seja temido qualquer tipo de espaço fechado (principalmente se pequeno). Como o nome indica, a pessoa entra em pânico ao se sentir confinada, principalmente em locais dos quais acha que não pode escapar.

Os afetados evitam espaços pequenos, como elevadores, túneis, metrôs e banheiros públicos. 

5. Fobia de água (hidrofobia)

O hidrofóbico sente muita ansiedade quando pensa ou vê água. Evitam, portanto, banhos, duchas, piscinas, mar, rios, etc. Normalmente, esse medo decorre de uma experiência traumática com água.

Sua forma de se manifestar e sua intensidade podem variar de um caso para outro. Algumas pessoas têm medo de simplesmente entrar na água, enquanto outras têm medo de simplesmente estar perto da água.

6. Fobia de trovoadas (astrafobia) 

É um medo intenso de raios e trovões. Suas causas não estão totalmente definidas, mas acredita-se que possa ser produto de um evento traumático ocorrido durante uma tempestade. Da mesma forma, pode ser consequência do aprendizado da convivência com pais ou irmãos astrofóbicos.

O indivíduo que sofre sente-se impulsionado a controlar o tempo e adaptar suas atividades de acordo com ele. O simples fato de saber que uma tempestade se aproxima é suficiente para desencadear a resposta ansiosa.

7. Fobia de sangue (hematofobia) 

É a presença de intenso medo e comportamento de evitação diante do sangue ou em situações e locais onde é comum, como em hospitais. Em alguns casos, pensar em sangue desencadeia a resposta fóbica.

8. Fobia de cobra (odiofobia)

Esse medo avassalador de cobras afeta o bem-estar e a sensação de segurança da pessoa que sofre. A pessoa age de forma nervosa em situações sociais ao ar livre, zoológicos ou parques de vida selvagem. Na verdade, é muito provável que ela evite esses espaços.

A reação fóbica também pode ocorrer ao pensar ou ver imagens de cobras. Em alguns casos é tão intenso e sério que aparece diante de brinquedos ou desenhos.

9. Fobia de cachorro (cinofobia)

Crianças e adultos com cinofobia evitam a todo custo o contato com cães e locais onde possam encontrá-los. Essas pessoas podem sentir medo intenso ou ataques de pânico simplesmente ao ouvir um latido.

A Cleveland Clinic observa que “1 em cada 3 pessoas com fobia de animais tem um medo avassalador de cães”.

10. Fobia de injeção (tripatofobia)

A ansiedade irracional em relação às injeções é uma das fobias mais difundidas entre a população. Esse medo faz com que o fóbico evite receber vacinas, fluidos intravenosos, extrações ou doações de sangue.

A ideia de se injetar gera uma reação profunda de medo e angústia. Uma revisão sistemática publicada no Journal of Advanced Nursing indica que sua prevalência está entre 20% e 30% em adultos jovens e entre 20% e 50% em adolescentes.

11. Fobia de dirigir (amaxofobia)

A fobia de dirigir ou amaxofobia é outra das fobias mais comuns. É um medo intenso de dirigir que pode ser devido ao medo de machucar alguém ou sofrer um acidente, medo de se perder, ter um ataque de pânico ao dirigir, perder o controle, etc.

12. Fobia de dentista (dentofobia)

A pessoa com essa fobia sente uma ansiedade avassaladora ao ir ao dentista. Esse distúrbio pode ter graves repercussões na saúde bucal, pois quem sofre dele não vai ao dentista, mesmo sentindo dores. 

O medo desproporcional de dentista também é uma das fobias comuns
Créditos: Edwin Tan/istock
O medo desproporcional de dentista também é uma das fobias comuns

13. Fobia de aranhas (aracnofobia)

É também outra fobia comum. Às vezes, a aracnofobia também aparece associada ao medo de insetos, carrapatos e outros animais desse tipo. Esta é uma fobia particularmente comum na idade escolar. Segundo a Cleveland Clinic , aproximadamente 3% a 15% da população sofre com isso.

O que as fobias podem causar?

Sintomas físicos:

  • asfixia
  • vertigem
  • opressão
  • tremores
  • calafrios
  • suor frio
  • taquicardia
  • vermelhidão
  • tontura ou vômito

Sintomas a nível cognitivo:

  • preocupações
  • pensamentos intrusivos
  • medo de perder o controle
  • interpretações e crenças negativas
  • Percepção de incapacidade de enfrentar o estímulo fóbico

É importante notar que as fobias podem variar em gravidade, e algumas pessoas podem ser capazes de gerenciar seus sintomas com sucesso.