Atrofia vaginal: os sintomas da condição e como tratá-la

Embora essa seja uma alteração natural da genitália feminina, os seus sintomas impactam diretamente a qualidade de vida da mulher

Talvez você nunca tenha ouvido falar em atrofia vaginal até receber o diagnóstico em uma consulta ginecológica.

A atrofia vaginal (ou vulvo-vaginal) consiste na perda de elasticidade e afinamento dos tecidos vaginais e das mucosas.

É uma condição que afeta as mulheres principalmente durante a menopausa, após o declínio hormonal resultante da cessação da atividade ovariana.

Contudo, a atrofia vaginal também pode afetar mulheres mais jovens, em casos de fortes desequilíbrios hormonais causados ​​por exemplo por anorexia, quimioterapia ou radioterapia.

Na verdade, estes tratamentos induzem frequentemente uma menopausa  iatrogênica (causada por medicamentos).

Atrofia vaginal pode causar sintomas que afetam a qualidade de vida da mulher
Créditos: champja/istock
Atrofia vaginal pode causar sintomas que afetam a qualidade de vida da mulher

Sintomas da atrofia vaginal

  • Secura vaginal;
  • Dor e sangramento durante o contato íntimo;
  • Sangue na urina;
  • Aumento da frequência urinária ou incontinência urinária;
  • Coceira e irritação vaginal;
  • Corrimento amarelado e com mau cheiro;
  • Redução da libido;
  • Infecção urinária de repetição.

Como lidar com a atrofia vaginal?

O primeiro passo para tratar a atrofia vaginal é reconhecer os sintomas.

Na verdade, muitas mulheres tendem a subestimar o problema ou a considerá-lo “normal”, por isso aceitam uma condição que poderia ser melhorada ou resolvida com um tratamento adequado.

Por isso, é importante contar com um ginecologista para avaliar o estado dos tecidos e propor o tratamento mais adequado.

Os tratamentos para atrofia vaginal incluem:

  • Géis e cremes hidratantes e lubrificantes, à base de água ou ácido hialurônico ou policarbófilo, úteis tanto nas relações sexuais como para serem aplicados diariamente para manter os tecidos hidratados;
  • terapias hormonais locais baseadas em estrogênio a serem aplicadas na forma de cremes;
  • terapia de reposição hormonal, especialmente indicada para mulheres que apresentam sintomas significativos ligados à menopausa (por exemplo, ondas de calor, dores osteoarticulares, alterações de humor);
  • Outra terapia inovadora consiste no laser vaginal, um tratamento inovador que atua diretamente nos tecidos, estimulando a produção de colágeno e a regeneração tecidual. O laser vaginal não provoca dor e não é necessária anestesia. O ginecologista combinará com a paciente o número de sessões de acordo com as características dos tecidos e a intensidade dos sintomas.

Como prevenir a atrofia vaginal?

O exame ginecológico realizado regularmente mesmo durante a menopausa é o primeiro passo para diagnosticar e tratar precocemente a atrofia, antes que afete negativamente a qualidade de vida da mulher.

Depois, existem algumas medidas fundamentais que ajudam a manter a vulva e a vagina saudáveis:

  • manter uma higiene íntima correta, utilizando um limpador com pH adequado (3,5/4,5 na idade fértil, acima de 5 na menopausa)
  • evitar lavagens frequentes para evitar danificar o equilíbrio do pH vaginal;
  • usar calcinha de algodão, de preferência branca, e evite roupas sintéticas ou muito justas;
  • evitar duchas vaginais (a menos que prescrito pelo seu médico);
  • evitar sprays íntimos e desodorantes;
  • limpar primeiro a vulva e depois o ânus, nunca vice-versa;
  • manter uma dieta saudável e equilibrada;
  • tomar fermentos lácticos e probióticos, especialmente após terapia antibiótica
  • A relação sexual também ajuda a manter a elasticidade da vagina, evitando assim a atrofia vaginal.