Cirrose hepática: o que é, quais as causas e sintomas da condição

A detecção precoce de sintomas e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para combater essa enfermidade

08/04/2024 06:01

A cirrose hepática é uma condição médica crônica e progressiva que afeta o fígado.

Esta doença é caracterizada pela substituição do tecido hepático saudável por tecido cicatricial, resultando em uma série de complicações debilitantes.

Mas como exatamente a cirrose hepática ocorre?

De acordo com a Mayo Clinic, cada vez que o fígado é lesionado – seja por consumo excessivo de álcool ou por outra causa, como uma infecção – ele tenta reparar-se. No processo, forma-se tecido cicatricial.

À medida que a cirrose piora, formam-se cada vez mais tecidos cicatriciais, dificultando o trabalho do fígado, que acaba perdendo a capacidade de realizar suas funções.

Essas funções incluem a produção de proteínas, metabolismo de nutrientes, filtragem de toxinas e produção de bile para auxiliar na digestão de gorduras.

Isso pode levar ao acúmulo de toxinas no corpo, aumento da pressão nos vasos sanguíneos do fígado (hipertensão portal), ascite (acúmulo de líquido no abdômen), icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), encefalopatia hepática (deterioração da função cerebral devido a toxinas acumuladas) e outras complicações graves.

A condição é grave, pois quando avançada pode ser fatal.

À medida que a cirrose hepática progride, o fígado perde sua capacidade de realizar funções vitais
À medida que a cirrose hepática progride, o fígado perde sua capacidade de realizar funções vitais - eranicle/istock

O que causa a cirrose hepática?

Primeiramente, é importante destacar que a cirrose hepática frequentemente surge como resultado do consumo excessivo e prolongado de álcool, bem como de infecções crônicas pelo vírus da hepatite B e C.

Ademais, condições como obesidade, diabetes e doença hepática gordurosa não alcoólica também aumentam significativamente o risco de desenvolvimento dessa condição.

Quais os sintomas de cirrose hepática?

  • fadiga persistente
  • perda de apetite
  • icterícia
  • inchaço abdominal

Detectar esses sinais precocemente pode facilitar o tratamento e melhorar significativamente as perspectivas de saúde.

Como prevenir a cirrose hepática?

É importante entender que a cirrose hepática é frequentemente resultado de hábitos de vida prejudiciais e condições médicas subjacentes.

Portanto, adotar um estilo de vida saudável é o primeiro passo para evitar essa doença.

Em primeiro lugar, evite o consumo excessivo de álcool. O álcool é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da cirrose hepática. Portanto, limite sua ingestão de álcool e, se possível, opte por abster-se completamente.

Além disso, mantenha um peso saudável. A obesidade e a gordura visceral aumentam o risco de desenvolver doença hepática gordurosa não alcoólica, que pode progredir para cirrose hepática. Portanto, adote uma dieta equilibrada e pratique exercícios regularmente para manter um peso saudável.

Outra dica importante é proteger-se contra infecções hepáticas. As hepatites virais B e C podem causar danos significativos ao fígado e aumentar o risco da condição.

Certifique-se de seguir as diretrizes de saúde pública para prevenir a propagação dessas infecções e considere a vacinação contra hepatite B.

Além disso, gerencie condições médicas, como diabetes e hipertensão, que podem aumentar o risco de desenvolver cirrose hepática. 

Não se esqueça de realizar check-ups médicos regulares, já que a detecção precoce de problemas hepáticos pode ajudar a prevenir complicações graves, como cirrose. 

Há tratamento para cirrose?

O dano hepático causado pela cirrose geralmente não pode ser desfeito. Mas se o diagnóstico for precoce e a causa receber tratamento, é possível limitar os danos. Em casos raros, pode ser revertido.

Os tratamentos podem incluir medicamentos para controlar sintomas e complicações, como diuréticos para ascite e lactulose para encefalopatia hepática.

Além de procedimentos médicos, como ligadura de varizes esofágicas para prevenir hemorragias e transplante de fígado em casos avançados.