Com síndrome do pânico, Juju Salimeni diz que não sai de casa há dias

Modelo fez um desabafo importante sobre crise de ansiedade e disse que está se tratando

Juju Salimeni resolveu tornar público um problema que tem enfrentado com sua saúde mental. Há pelo menos quatro dias, a modelo não sai de casa por conta de uma crise de pânico tão forte que a fez pensar que estava morrendo.

“Já passei outras vezes tive momentos de crises de ansiedade, mas eu nunca tinha tido dessa forma. Nunca tinha chegado a esse extremo de não conseguir fazer as minhas coisas, sair de dentro de casa, ir para a academia, coisas que eu amo fazer”, disse.

Segundo a ex-Panicat, a crise começou há cinco dias, quando ela estava no salão, cuidando do cabelo. “Tive crise de labirintite, que eu não podia movimentar a cabeça. Qualquer posição que eu me movesse, rodava tudo. Sempre que acontece alguma coisa que me dá medo, a minha crise de ansiedade ataca”, explicou.

Juju Salimeni relatou os sintomas típicos de uma crise de pânico, como coração acelerado, dificuldades de respirar e sensação de desmaio. “Medi a pressão não era nada e pensei : ‘Vou morrer, vou morrer’. Uma sensação horrível”, lembrou.

Juju Salimeni tem crise de pânico e fala sobre os sintomas
Créditos: reprodução/Instagram/@jujusalimeni
Juju Salimeni tem crise de pânico e fala sobre os sintomas

Segundo a modelo, nas crises anteriores, os sintomas apareciam e iam embora, mas dessa vez, a situação está demorando a normalizar. “Desde esse dia, já faz cinco dias, eu não voltei mais ao normal. Não tive mais tonturas, mas as outras sensações não passaram mais”, contou.

Por conta da preocupação, Juju foi duas vezes ao hospital para ser examinada e passar por exames no coração. “Fizemos o eletro. O médico analisou todos os exames que eu tinha feito e o diagnóstico foi uma crise de ansiedade generalizada. Minha terapeuta disse que era pânico pelo medo de sair na rua”, contou a modelo que passará por consulta com um psiquiatra nos próximos dias.

Segundo  modelo, falar publicamente sobre isso é uma forma que ela encontrou de também ajudar outras pessoas que possam estar passando por situação parecida.

“A gente está em um momento que o mundo nunca viveu antes. Ninguém está com a saúde mental 100% boa, então, é normal qualquer coisa nesse sentido. Hoje, eu estou melhor, é o melhor dia que estou tendo em cinco dias. Então, se você está sentindo esse tipo de sintoma, você não está sozinha. Se você puder, procure uma terapia, um psiquiatra, uma ajuda. Eu demorei muito para procurar terapia, mas agora vou na marra, porque fui obrigada, concluiu Juju.

Como auxiliar alguém com crises de ansiedade

O transtorno da ansiedade generalizada (TAG), segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle.

Nesses casos, o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos geradores do transtorno, causa muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e no desempenho familiar, social e profissional de quem sofre.

O tratamento psicológico e psiquiátrico é o melhor caminho para lidar com a situação. Mas em situações de uma crise, há algumas estratégias que podem ajudar. Nesses momentos, recomenda-se tirar o foco dos sintomas que estão ocorrendo no corpo.

Veja como ajudar alguém que está tendo uma crise de ansiedade

Leve a pessoa a um local tranquilo

Uma das coisas que podem ser feitas é levar a pessoa para um lugar mais tranquilo, arejado, se possível, pode ser um local como um parque, muitas pesquisas evidenciam que o contato com a natureza auxilia na melhora do humor e redução da ansiedade. Caso isso não for possível, você pode auxiliar a pessoa a imaginar um local que ela se sinta em paz, como uma praia, falando para imaginar o vento batendo no rosto, o barulho das ondas do mar, detalhando a cena o máximo possível. Essa estratégia é ótima para acalmar o ritmo da respiração e a reduzir a ansiedade.

Proponha exercícios respiratórios

Quando estamos ansiosos, nosso fluxo respiratório se altera, fazendo-nos ficar ofegantes, com palpitações e termos a sensação de falta de ar. Nesta hora, você pode – com a ajuda de um relógio – cronometrar o intervalo das respirações. É importante neste momento inalar e exalar o ar mais lenta e profundamente, você pode explicar para a pessoa que ela pode puxar o ar contando até 5, segurando 3 segundos e soltando todo o ar dos pulmões bem devagar, se quiser pode acompanhá-la nas respirações.

Tire o foco dos sintomas

Outra dica é observar e ajudar a pessoa a tirar o foco daqueles sintomas desconfortáveis, você pode convidá-la para olhar e perceber ao seu redor alguns objetos, se vocês estiverem na rua você pode pedir para ela contar a quantidade de carros estacionados, ou pode pedir para nomear as cores que está vendo.

O objetivo desta técnica é distrair a pessoa que está com seu sistema de “luta ou fuga” acionado, pois um dos principais motivos de uma crise de ansiedade se intensificar é a pessoa focar nessas reações corporais, e assim, você vai ajudar ela a se distrair, diminuindo esse pico intenso de ansiedade.