Condição de saúde mental aumenta risco de demência
Estudo descobriu que, quando a questão era resolvida, a associação com o aumento do risco de demência desaparecia
Um estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society revelou uma importante conexão entre a ansiedade e o aumento do risco de desenvolver demência.
A pesquisa, que investigou como o impacto de distúrbios de saúde mental pode afetar a saúde cerebral, sugere que níveis elevados de ansiedade podem ser um fator de risco significativo para o declínio cognitivo em idosos.
Embora estudos anteriores tenham encontrado uma conexão entre ansiedade e um risco maior de demência, esta é a primeira vez que tanto a ansiedade de início recente quanto a crônica na terceira idade aumentam as chances de demência.
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Os pesquisadores também descobriram que, quando a ansiedade era resolvida, a associação com o aumento do risco de demência desaparecia.
Detalhes do estudo
Os pesquisadores analisaram dados de cerca de 2.000 pessoas, com idade média de 76 anos.
Cada participante teve sua ansiedade medida usando a Escala de Sofrimento Psicológico de Kessler (K10).
A equipe acompanhou os participantes por um período médio de 10 anos.
Os cientistas descobriram que participantes com ansiedade crônica tinham um risco 2,8 vezes maior de ter demência. Já aqueles com ansiedade de início recente tinham um risco 3,2 vezes maior.
No estudo, a ansiedade de início recente é composta por participantes que não tiveram ansiedade no primeiro exame, mas tiveram ansiedade no segundo exame com cinco anos de intervalo.
Como resultado das descobertas, os pesquisadores acreditam que o gerenciamento oportuno da ansiedade pode ser uma estratégia viável para reduzir o risco de demência.
Como reduzir a ansiedade e proteger a saúde do cérebro?
Terapias Cognitivo-comportamentais (TCC)
A TCC é uma abordagem eficaz para o tratamento da ansiedade, ajudando a modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos que mantêm a ansiedade.
Exercício físico regular
O exercício físico tem sido amplamente associado à melhoria da saúde mental e à redução do risco de demência. Ele promove a liberação de endorfinas, que ajudam a reduzir a ansiedade, além de melhorar a circulação sanguínea cerebral e a plasticidade neural.
Meditação e técnicas de relaxamento
Práticas como a meditação e o mindfulness podem ajudar a acalmar a mente e reduzir o estresse e a ansiedade. Ao reduzir os níveis de cortisol, essas técnicas podem proteger o cérebro dos efeitos prejudiciais do estresse crônico.
Sono de qualidade
Manter uma rotina de sono saudável e evitar o uso excessivo de telas antes de dormir pode melhorar a qualidade do sono e reduzir os impactos da ansiedade no cérebro.