É isso que te faz acumular gordura no fígado; saiba como se proteger

Reconhecer e gerenciar esses fatores de risco é essencial para prevenir e tratar a esteatose hepática, protegendo a saúde do fígado e evitando complicações

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
15/10/2024 21:14

A gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática, é uma condição em que há acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado.

De acordo com o Ministério da Saúde, o fígado normalmente contém pequenas quantidades de gordura, mas quando essa quantidade ultrapassa 5% a 10% do peso do fígado, pode causar problemas de saúde.

A esteatose hepática geralmente não apresenta sintomas evidentes nas fases iniciais, e muitas pessoas só descobrem a condição durante exames de rotina.

No entanto, à medida que a condição progride, pode haver alguns sinais, como fadiga e cansaço, dor ou desconforto abdominal, perda de apetite e de peso involuntária.

Em estágios avançados, pode ocorrer inchaço abdominal (ascite) e amarelecimento da pele e dos olhos (icterícia).

Fatores de estilo de vida e certas condições de saúde podem colaborar para o acúmulo de gordura no fígado
Fatores de estilo de vida e certas condições de saúde podem colaborar para o acúmulo de gordura no fígado - tussiksmail.gmail.com/depositphotos

Quais os fatores contribuem para o acúmulo de gordura no fígado?

Obesidade e sobrepeso

O excesso de peso, especialmente a gordura abdominal, está fortemente associado à esteatose hepática. A obesidade pode levar à resistência à insulina, o que promove o armazenamento de gordura no fígado.

Dieta rica em açúcares e carboidratos refinados

Uma alimentação com alto teor de açúcares adicionados e carboidratos refinados, como pão branco e massas, pode causar picos nos níveis de glicose no sangue. Isso estimula o fígado a produzir e armazenar mais gordura.

Sedentarismo

A falta de atividade física regular contribui para o acúmulo de gordura no fígado, pois diminui a sensibilidade à insulina e reduz a queima de calorias.

Consumo excessivo de álcool

Embora a esteatose hepática não alcoólica seja a forma mais comum, o consumo excessivo de álcool pode levar a uma condição semelhante, conhecida como esteatose hepática alcoólica. O álcool em excesso sobrecarrega o fígado, promovendo o acúmulo de gordura.

Diabetes tipo 2 e resistência à insulina

Pessoas com diabetes tipo 2 ou resistência à insulina têm maior risco de desenvolver esteatose hepática. Nesses casos, o corpo não utiliza a insulina de forma eficiente, levando ao armazenamento excessivo de gordura no fígado.

Colesterol alto e triglicerídeos elevados

Níveis elevados de colesterol e triglicerídeos estão associados à maior deposição de gordura no fígado, contribuindo para a esteatose hepática.

Fatores genéticos

A predisposição genética pode influenciar o desenvolvimento de esteatose hepática, tornando algumas pessoas mais suscetíveis à condição do que outras.

Uso de certos medicamentos

Alguns medicamentos, como corticosteroides, podem aumentar o risco de acúmulo de gordura no fígado devido aos seus efeitos sobre o metabolismo 

Doenças endócrinas

Condições como a síndrome de Cushing ou o hipertireoidismo podem afetar o metabolismo e contribuir para o desenvolvimento de esteatose hepática