Entenda o raro distúrbio neurológico que virou emergência no Peru
Não existe cura para a condição, mas o tratamento ajuda reduzir a gravidade dos sintomas
O Peru declarou estado de emergência nacional de 90 dias depois que houve um aumento nos casos de um distúrbio neurológico raro chamado síndrome de Guillain Barré no país. A doença, que leva o sistema imunológico do corpo a atacar os nervos, às vezes também pode causar paralisia.
O que é a síndrome de Guillain Barré?
A síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio autoimune raro em que o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente os nervos periféricos. Esse ataque aos nervos pode levar a sintomas como fraqueza muscular, dormência e formigamento, que geralmente começam nas pernas e se espalham para a parte de cima. Em casos graves, isso pode evoluir para paralisia.
A síndrome é mais comum em adultos e homens, mas pode afetar pessoas de todas as idades. Embora a causa exata da condição seja desconhecida, muitas vezes é desencadeada por infecções, mais comumente por uma bactéria chamada Campylobacter jejuni.
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Outros gatilhos incluem vírus influenza, vírus Epstein-Barr e até mesmo o vírus da covid-19. Cirurgia ou vacinação recente também podem desencadear síndrome, embora esses casos sejam raros.
O diagnóstico é baseado nos sintomas do paciente e em seu exame neurológico. Testes como punção lombar e eletromiografia podem ser solicitados para descartar outras doenças com sintomas semelhantes e confirmar o diagnóstico de Guillain Barré.
Quais os sintomas de Guillain Barré?
O sintoma mais comum do Guillain Barré é a fraqueza. Além disso, o Ministério da Saúde cita também:
- Sonolência;
- Confusão mental;
- Coma;
- Crise epiléptica;
- Alteração do nível de consciência;
- Perda da coordenação muscular;
- Visão dupla;
- Fraqueza facial;
- Tremores;
- Redução ou perda do tono muscular;
- Dormência, queimação ou coceira nos membros.
Quais as opções de tratamento para Guillain Barré?
Embora não haja cura conhecida, existem tratamentos disponíveis que podem reduzir a gravidade da doença e acelerar a recuperação. O tratamento mais comumente usado é a imunoglobulina intravenosa, que é feita a partir de sangue doado que contém anticorpos saudáveis. Isso ajuda a acalmar o ataque do sistema imunológico aos nervos.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de tratamento para a síndrome de Guillain Barré, incluindo procedimentos, diagnósticos clínicos, de reabilitação e medicamentos.