Esses são os sintomas de demência por corpos de Lewy

A demência por corpos de Lewy é uma das formas mais comuns de demência, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e se manifesta de forma muito semelhante à doença de Parkinson. Os primeiros sintomas desta doença incurável geralmente aparecem após os 60 anos.

A condição é progressiva, o que significa que os sintomas começam lentamente e pioram com o tempo. A doença dura em média cinco a oito anos desde o diagnóstico até a morte, mas pode variar de dois a 20 anos para algumas pessoas.

A rapidez com que os sintomas se desenvolvem e mudam varia muito de pessoa para pessoa, dependendo da saúde geral, da idade e da gravidade dos sintomas.

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Quais as causas da demência por corpos de Lewy?

Assim como no caso da doença de Alzheimer, a demência por corpos de Lewy é causada por depósitos de proteínas no cérebro, que, no entanto, diferem na forma e se acumulam noutras áreas. A razão pela qual estes depósitos se formam não é clara, assim como os fatores de risco não são claramente conhecidos.

Sinais e sintomas de demência por corpos de Lewy

A principal característica da demência por corpos de Lewy é o declínio das faculdades mentais na vida diária. No início isto aplica-se sobretudo à capacidade organizacional, orientação, adaptabilidade e iniciativa. A memória permanece bem preservada no início. 

Outros sintomas: 

• Alucinações visuais ou ver coisas que não estão presentes. Alucinações visuais ocorrem em até 80% das pessoas, geralmente no início. Alucinações não visuais, como ouvir ou cheirar coisas que não estão presentes, são menos comuns que as visuais, mas também podem ocorrer.

• Mudanças imprevisíveis na concentração, atenção, estado de alerta e vigília no dia a dia e às vezes ao longo do dia. As ideias podem ser desorganizadas, pouco claras ou ilógicas. Esses tipos de alterações são comuns.

• Perda grave da capacidade de raciocínio que interfere nas atividades diárias. Ao contrário de Alzheimer, os problemas de memória podem não ser evidentes no início, mas muitas vezes surgem à medida que a demência por corpos de Lewy progride. Outras mudanças relacionadas ao pensamento podem incluir mau julgamento, confusão sobre tempo e lugar e dificuldade com linguagem e números.

• Mudanças no comportamento e no humor são possíveis no LBD e podem piorar à medida que a capacidade de raciocínio da pessoa diminui. Essas alterações podem incluir depressão, apatia, ansiedade, agitação, delírio e paranoia.

• Os distúrbios do sono são comuns, mas muitas vezes não são diagnosticados. Os distúrbios relacionados ao sono observados em pessoas com DCL podem incluir transtorno comportamental do sono REM, sonolência diurna excessiva, insônia e síndrome da perna inquieta.

• Problemas de movimento e demência por corpos de Lewy. Algumas pessoas com a doença podem não ter problemas de movimento significativos durante vários anos. Outras podem tê-los desde o início. 

Problemas de movimento podem incluir:

• Rigidez ou rigidez muscular
• Caminhada arrastada, movimento lento ou postura congelada
• Tremor ou agitação, mais comumente em repouso
• Problemas de equilíbrio e quedas repetidas
• Postura encurvada
• Perda de coordenação
• Caligrafia menor do que o normal para a pessoa
• Expressão facial reduzida
• Dificuldade em engolir
• Voz fraca

A doença de Parkinson também pode levar à demência. No caso da demência com corpos de Lewy, entretanto, os sintomas da demência aparecem antes dos distúrbios do movimento.

Diagnóstico

Como a demência por corpos de Lewy varia muito individualmente, é difícil diagnosticá-la. Nem todos os sintomas aparecem o tempo todo e a sua intensidade varia muito.

Devido à semelhança com o Alzheimer, é ainda mais difícil distinguir. Geralmente, o diagnóstico envolve a realização de testes interdisciplinares em uma clínica especializada em memória.

Tratamento para demência por corpos de Lewy

O tratamento para demência por corpos de Lewy geralmente se concentra em aliviar os sintomas, como alucinações, problemas cognitivos e distúrbios do sono. Isso pode envolver o uso de medicamentos para controlar sintomas específicos, como antipsicóticos para alucinações e antidepressivos para depressão.

Além disso, terapias não medicamentosas, como terapia ocupacional e terapia da fala, podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente e fornecer suporte emocional tanto para o paciente quanto para os cuidadores.