Esta vitamina ajuda a reduzir o risco de câncer de intestino

Aumentar a quantidade desta vitamina através da dieta ou de suplementos pode ajudar a reduzir em até 7% o risco da doença

Por Maíra Campos em parceria com João Gabriel Braga (Médico Generalista - CRMGO 28223)

Um estudo recente lançou uma nova perspectiva sobre a prevenção do câncer de intestino, ou colorretal, destacando que a vitamina B9, também conhecida como folato, pode desempenhar um papel significativo na redução do risco da doença.

A descoberta foi publicada no The American Journal of Clinical Nutrition. A pesquisa é de cientistas do Imperial College London.

A pesquisa, a maior desse tipo até o momento, analisou dados de mais de 70 mil indivíduos para identificar variantes genéticas relacionadas à forma como o folato, seus suplementos e o folato total podem influenciar o risco de câncer colorretal.

Vitamina B9 pode reduzir em 7% o risco de câncer de intestino, segundo estudo
Créditos: iSTock
Vitamina B9 pode reduzir em 7% o risco de câncer de intestino, segundo estudo

Resultados

Os resultados revelaram que para aqueles que mantêm uma dieta rica em vitamina B9, presente em vegetais de folhas verdes como espinafre, repolho e brócolis, o risco de desenvolver câncer de intestino diminuiu em até 7% para cada 260 microgramas de aumento no consumo de folato.

Isso corresponde a 65% da quantidade diária recomendada, que é de 400 microgramas.

Quais são os benefícios do folato para a saúde?

Além de sua contribuição na prevenção do câncer colorretal, o folato desempenha um papel essencial na produção de glóbulos vermelhos, sendo particularmente crucial para mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar.

O estudo também explorou interações genéticas comuns e o folato, assim como o uso de ácido fólico em relação ao risco de câncer colorretal.

Os pesquisadores concluíram que uma região específica do genoma pode modificar a relação entre os suplementos de folato e o risco de câncer, embora seja necessário realizar mais pesquisas para identificar os genes envolvidos e sua influência.

O estudo enfatiza a relevância dos alimentos ricos em folato como parte de uma dieta saudável e sugere promissores indícios de como o folato pode influenciar o risco de câncer através de diferentes genes, abrindo espaço para futuras investigações.

É importante destacar ainda que pessoas  com doença hepática grave e distúrbio de coagulação sanguínea, além das alérgicas à B9 não devem consumi-la. Além disso, a introdução na dieta deve ser acompanhada e recomendada por profissionais de saúde, afim de trazer todos esses benefícios e não interferir em nenhum outro tratamento previamente instituído.