Estes alimentos reduzem o risco de inflamação intestinal, diz estudo
Estudo analisa como a alimentação pode influenciar no desenvolvimento de doença inflamatória intestinal; entenda
De acordo com recentes pesquisas, os casos de doença inflamatória intestinal, grupo que inclui a doença de Crohn e a colite ulcerosa, estão em ascensão em todo o mundo.
Na busca por compreender as razões por trás desse aumento, a alimentação tem surgido como um dos principais fatores.
Um estudo de longo prazo, divulgado recentemente na revista Gut, indica que uma dieta de qualidade aos 12 meses de idade pode, significativamente, reduzir o risco de desenvolvimento dessas condições no futuro.
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Quais alimentos reduzem o risco de inflamação intestinal?
Segundo os pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, o consumo elevado de peixe e vegetais e a mínima ingestão de bebidas açucaradas nessa idade seriam fundamentais para a proteção do intestino.
O estudo analisou dados de dois levantamentos nacionais, abrangendo um total de mais de 136 mil crianças. Esses indivíduos foram acompanhados desde a década de 1990, quando nasceram, até o ano de 2021.
Os pais responderam a questionários sobre a dieta dos seus filhos em dois períodos distintos: entre 12 e 18 meses e entre 30 e 36 meses de idade.
O estudo considerou a qualidade da dieta a partir da medição do consumo de alimentos como carne, peixe, frutas, vegetais, laticínios, doces, salgadinhos e bebidas. A frequência semanal de consumo de grupos alimentares específicos também foi investigada.
Os resultados e suas implicações
A pesquisa revelou que dietas de média e alta qualidade durante o primeiro ano de vida estavam associadas a um risco geral 25% menor de desenvolvimento de doença inflamatória intestinal.
Além disso, o consumo elevado de peixe nessa idade foi relacionado a um risco 54% menor de desenvolver a doença mais tarde.
Contudo, é importante destacar que o estudo não estabelece uma relação de causa e efeito. As descobertas são consistentes com a hipótese de que a dieta no início da vida, que pode alterar o microbioma intestinal, pode influenciar o risco de desenvolver essa condição.
Por outro lado, o estudo demonstrou que o consumo de bebidas açucaradas aumentou em 42% o risco de doenças inflamatórias intestinais.
Os pesquisadores, portanto, recomendam que as crianças comam frutas, vegetais e peixes e que evitem o consumo de produtos processados.
Os cuidados necessários
Para prevenir a inflamação, diversos fatores do estilo de vida, como má qualidade do sono e sedentarismo, também são relevantes.
As pessoas com esses problemas de saúde devem estar cientes de que existem diversos fatores que contribuem para sua origem e não apenas a alimentação. Em muitos casos, o cérebro e as emoções também têm papel relevante.
A busca por saúde deve, portanto, envolver uma abordagem holística que considere todos os aspectos da vida da pessoa.