Estudo aponta que esta fruta pode reduzir as chances de demência

Os cientistas relatam que o fruto é carregado com antioxidantes saudáveis, e estas substâncias podem ajudar a prevenir os efeitos da doença

Uma pesquisa realizada por especialistas da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, trouxe um novo olhar sobre os benefícios de mirtilos para a saúde humana. Segundo a análise, a fruta pode auxiliar na prevenção de doenças neurodegenerativas como a demência e o Alzheimer.

A equipe de pesquisa tem se dedicado ao estudo desses pequenos frutos há bastante tempo, especialmente para pessoas consideradas em alto risco para tais doenças. Isso inclui indivíduos com histórico familiar dessas condições, bem como aqueles que já estão na terceira idade.

Estudo aponta que mirtilos podem reduzir as chances de demência
Créditos: towfiqu ahamed/istock
Estudo aponta que mirtilos podem reduzir as chances de demência

Como os mirtilos agem no organismo?

Os mirtilos são ricos em micronutrientes e antioxidantes, especificamente as antocianinas – substâncias que dão à fruta sua cor característica. No entanto, as propriedades benéficas dessas substâncias vão além da estética: elas atuam como defensores naturais, protegendo suas plantas de origem de ameaças como radiação excessiva e agentes infecciosos.

Mais do que isso, as antocianinas também apresentam um papel importante para a saúde humana. Essas substâncias ajudam a reduzir processos inflamatórios, aprimorar a função metabólica e a produzir energia dentro das células do nosso corpo.

Quais foram os resultados do estudo?

Para entender melhor os efeitos dos mirtilos no organismo humano, os pesquisadores realizaram um experimento com 33 pacientes pré-diabéticos e com sobrepeso, todos entre 50 e 65 anos. Ao longo de 12 semanas, esses indivíduos foram orientados a consumir apenas uma dose diária de um suplemento em pó à base de mirtilos, misturado com água.

Os resultados mostraram que o grupo que ingeriu o suplemento teve melhoras significativas na cognição, além de apresentarem níveis de insulina em jejum mais baixos – o que indica uma melhora na função metabólica. Além disso, esses participantes também mostraram um leve aumento no desacoplamento mitocondrial, que está associado à longevidade e redução do estresse oxidativo.

Os dados do estudo sugerem que a suplementação de mirtilos pode ser uma estratégia útil para melhorar a função metabólica e reduzir o risco de declínio cognitivo em indivíduos de meia idade e idosos. No entanto, os pesquisadores enfatizam que são necessários mais estudos para confirmar esses benefícios e entender exatamente como os mirtilos atuam no corpo humano e no cérebro em particular.