Estudo coreano descobre a melhor idade para dar à luz
Pesquisadores acompanharam 4 mil mulheres por 18 anos para chegar a uma conclusão
Um estudo recente liderado pela Universidade de Seul, na Coreia do Sul, estudou mais de 4.000 mulheres para descobrir a idade ideal para dar à luz e reduzir o risco de morte precoce.
Essas mulheres foram inscritas no estudo no início dos anos 2000 e foram acompanhadas por 18 anos, para ver como as taxas de mortalidade se comparavam entre elas.
As participantes, que tinham em média 52 anos, foram questionadas sobre quando tiveram seu primeiro filho e foram separadas em três categorias: menores de 23 anos, 24 a 25 anos e maiores de 26 anos.
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O que o estudo descobriu é que as mães que tiveram o primeiro filho quando ainda eram adolescentes e as que tiveram com a idade mais avançada estavam em maior risco de morte precoce por causas variadas, incluindo doenças cardíacas e derrames, do que as mães de primeira viagem em seus 20 e poucos anos.
Esse resultado levou os pesquisadores a concluírem que a idade mais segura para ter o primeiro filho é aos 25 anos.
E qual a relação entre parto e risco de morte precoce?
Os pesquisadores disseram que as mulheres mais jovens, que tiveram seu primeiro filho aos 16 anos, podem ter sido obrigadas a interromper em sua educação ou carreira.
Isso, segundo eles, poderia levar a problemas de saúde como resultado de desvantagens socioeconômicas.
Também foi discutido que as mães jovens lutam mais contra a depressão e a obesidade devido ao impacto do ganho de peso relacionado à gravidez.
Ambos os problemas podem contribuir para as chances de desenvolver doenças cardiovasculares que podem levar à morte, segundo o artigo.
Para mulheres com mais de 26 anos, os pesquisadores disseram que um conjunto combinado de fatores pode levar ao risco de doenças cardíacas em seus últimos anos de vida.
Em termos gerais, elas podem não ser capazes de recuperar tão bem a forma física quanto as mães mais jovens, por exemplo. E, segundo os pesquisadores, provavelmente enfrentarão uma “dupla carga” de trabalho e cuidados com o filho, o que pode levar a escolhas de estilo de vida pouco saudáveis ligadas a doenças, como falta de exercícios e má alimentação.
Além disso, o estresse da maternidade e da carreira pode elevar a pressão arterial. “A hipertensão devido a um IMC alto e à falta de atividade física é um fator de risco importante que tem o maior efeito sobre as doenças cardiovasculares”, disseram os pesquisadores.
Os pesquisadores disseram que suas descobertas podem ser importantes, uma vez que as mulheres estão deixando cada vez mais as crianças para uma idade mais avançada para se concentrar em outras áreas de sua vida.