Estudo descobre que comer diariamente esta fruta reduz o risco de demência

Propriedade antiinflamatória da fruta seria a responsável pelo efeito benéfico

Um novo estudo publicado recentemente na revista Nutrients sugere que uma fruta popular pode ajudar a reduzir o risco de demência em certos indivíduos de meia-idade.

A pesquisa da Universidade de Cincinnati é  uma extensão de um estudo antigo com mirtilo.

No novo estudo, os pesquisadores descobriram que incorporar morangos em uma dieta diária pode ajudar a reduzir a probabilidade de desenvolver a doença.

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Créditos: alexraths/Deposit Photos

Qual a explicação?

Tanto os morangos quanto os mirtilos contêm antioxidantes chamados antocianinas, que têm sido implicados em uma variedade de benefícios à saúde, como melhorias metabólicas e cognitivas.

Segundo os autores do estudo, existem dados epidemiológicos que sugerem que as pessoas que consomem morangos ou mirtilos regularmente têm uma taxa mais lenta de declínio cognitivo com o envelhecimento.

Além de conter antocianinas, os morangos contêm micronutrientes adicionais chamados elagitaninos e ácido elágico que têm sido associados a benefícios para a saúde.

Metodologia de pesquisa

Um total de 30 pessoas com excesso de peso entre 50 e 65 anos de idade, com queixas de declínio cognitivo leve, participaram do estudo. Esta população tem um risco aumentado de demência tardia e outras condições comuns.

Durante um período de 12 semanas, os participantes precisaram a se abster de qualquer tipo de consumo de frutas silvestres, exceto um pacote diário de suplemento em pó para ser misturado com água e consumido no café da manhã.

Metade dos participantes recebeu pós que continham o equivalente a uma xícara de morangos inteiros (a porção padrão), enquanto a outra metade recebeu um placebo.

Os participantes receberam testes que mediram certas habilidades cognitivas, como memória de longo prazo. Os pesquisadores também acompanharam o humor, a intensidade dos sintomas depressivos e os dados metabólicos ao longo do estudo.

Resultados

Aqueles no grupo do pó de morango diminuíram a interferência na memória, o que é consistente com uma melhoria geral na capacidade executiva.

Os participantes tratados com morango também tiveram uma redução significativa dos sintomas depressivos.

Os autores do estudo sugerem que os morangos podem ter melhorado a função cognitiva ao reduzir a inflamação no cérebro.

“As habilidades executivas começam a diminuir na meia-idade, e o excesso de gordura abdominal, como na resistência à insulina e na obesidade, tenderá a aumentar a inflamação, inclusive no cérebro”, explicou Robert Krikorian, o professor envolvido na investigação.

Ele continuou: “Portanto, pode-se considerar que nossa amostra pré-diabética, de meia-idade e com sobrepeso, apresentava níveis mais elevados de inflamação que contribuíram para, pelo menos, um comprometimento leve das habilidades executivas. Assim, os efeitos benéficos que observamos podem estar relacionados à moderação da inflamação no grupo do morango”.