Estudo descobre que feijão é aliado de quem quer emagrecer
Pesquisadores afirmam que quem não come o alimento tem 20% mais chance de desenvolver obesidade
Cortar o feijão da dieta pode não ser um bom caminho para quem busca emagrecer. É o que descobriu um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo a pesquisada, quem não consome o produto tem 10% mais chances de desenvolver excesso de peso e 20% mais chances de desenvolver obesidade.
Por outro lado, o consumo regular de feijão, em cinco ou mais dias da semana, dentro de uma dieta balanceada, apresentou fator de proteção no desenvolvimento de excesso de peso (14%) e obesidade (15%).
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Estudo durou uma década
Os resultados da pesquisa foram obtidos por meio do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas. Mais de 500 mil adultos foram acompanhados entre os anos de 2009 e 2019.
A frequência de consumo semanal de feijão foi fragmentada em indicadores: não-consumo (zero dias por semana), baixo consumo (um a dois dias por semana), consumo moderado (três a quatro dias por semana) e consumo regular (cinco a sete dias por semana).
De acordo com pesquisa, o grupo que consumiu o alimento de 5 a 7 dias por semana obteve os melhores resultados.
Os dados foram desenvolvidos no doutorado da pesquisadora Fernanda Serra Granado, orientado pelo professor Rafael Moreira Claro. O intuito foi conhecer melhor a alimentação tradicional brasileira e a frequência semanal com a qual os adultos brasileiros consomem o feijão.
Segundo a pesquisadora, o feijão é um marcador da qualidade nutricional da dieta, além de ser elemento essencial, muitas vezes, para a segurança alimentar. “É garantia do cidadão brasileiro, pela Constituição, o direito a uma alimentação de qualidade. No entanto, sabe-se que nem todos possuem alternativas para manter uma dieta equilibrada e, nesta questão, o feijão possui inestimável valor social para os brasileiros”, afirma Fernanda.
Menos feijão no prato
Outra linha da pesquisa observou que o consumo do item ao longo dos anos vem caindo. A previsão é que em 2025 o brasileiro deixe de comer feijão de forma regular e tradicional.
Na análise por sexo, constatou-se que desde 2022 as mulheres já compõem majoritariamente os grupos de consumo inferiores ao regular. Para os homens, a estimativa de alteração é no ano de 2029.
Conforme explica a pesquisadora Fernanda Serra, a redução do consumo do alimento deve-se, entre outros motivos, ao fácil acesso ao alimentos ultraprocessados, que acabam trazendo uma piora na qualidade da dieta.