Estudo descobre que medicamentos comuns ajudam a reduzir o risco de demência
Pessoas que tomaram medicamentos cardíacos específicos por mais de cinco anos tiveram chances significativamente menores de desenvolver demência
Pesquisadores na Suécia descobriram que certos medicamentos para o coração reduzem o risco de desenvolver demência. Esse medicamentos incluem diuréticos, remédios para pressão arterial, para baixar o colesterol e anticoagulantes.
Cientistas do Karolinska Institutet descobriram que pessoas que tomaram consistentemente esses medicamentos cardíacos específicos por mais de cinco anos tiveram chances significativamente menores de desenvolver demência. No entanto, nem todos os medicamentos foram criados iguais. Enquanto alguns medicamentos mostraram efeitos protetores, outros surpreendentemente aumentaram o risco de demência.
O resultados do estudo foram publicados no Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.
- Bebidas e alimentos que você deve evitar ao tomar antibiótico
- MEC acaba de divulgar data para inscrições do Sisu 2025; veja cronograma
- Saiba a melhor hora para dormir, de acordo com estudo de Harvard, e evite problemas cardíacos
- Este fator aumenta risco de perda de memória em idosos, segundo estudo
Detalhes da investigação
Para o estudo, os pesquisadores examinaram dados de 88.065 pacientes com demência e 880.650 participantes saudáveis do grupo de controle, todos com mais de 70 anos. Esse conjunto de dados permitiu que os pesquisadores monitorassem o uso de medicamentos e os diagnósticos de demência com detalhes sem precedentes.
De acordo com os pesquisadores, pacientes que usavam diuréticos, medicamentos para hipertensão, medicamentos para colesterol alto e anticoagulantes por cinco a 10 anos mostraram aproximadamente 25% menos chances de desenvolver demência em comparação com não usuários.
A equipe de pesquisa também observou que a combinação de vários medicamentos dentro dessas classes pareceu aumentar o efeito protetor.
As razões pelas quais esses medicamentos podem ajudar a proteger a saúde do cérebro são variadas. Os pesquisadores dizem que eles podem reduzir a inflamação, melhorar a saúde dos vasos sanguíneos, proteger contra lesões cerebrovasculares e potencialmente diminuir o acúmulo de proteínas prejudiciais no cérebro.
Esta pesquisa atual mostra uma associação, não uma causalidade direta. E a equipe observa que mais estudos são necessários para provar uma conexão definitiva.
Efeito contrário com medicamentos antiplaquetários
A pesquisa notou, no entanto, que o efeito protetor não ocorria com o uso de medicamentos antiplaquetários. Pelo contrário, esses medicamentos amplamente utilizados para prevenir coágulos sanguíneos, foram associados a um risco aumentado de demência, um achado relevante devido à sua prescrição frequente.