Estudo liga adoçante xilitol a maior risco de AVC e infarto
O xilitol é um adoçante comum sem calorias encontrado em doces e até em pastas de dente sem açúcar
Um estudo recente sugere que o adoçante xilitol, encontrado em centenas de lanches, pastas de dente e chicletes pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque cardíaco.
O substituto do açúcar foi inicialmente aclamado como uma alternativa saudável existe naturalmente, em pequenas quantidades, em frutas e vegetais. Mas parece que essas esperanças estavam equivocadas.
O estudo de pesquisadores da Cleveland Clinic incluiu 3.000 adultos e publicado no European Heart Journal.
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A equipe descobriu que aqueles que consumiam mais xilitol tinham quase duas vezes mais probabilidades de sofrer um AVC ou ataque cardíaco dentro de três anos do que aqueles que consumiam quantidades limitadas.
Por que o xilitol pode provocar AVC?
Após o consumo, o xilitol é absorvido diretamente no sangue, onde os pesquisadores dizem que ele ativa as plaquetas, tornando-as mais propensas a se aglomerarem.
Isso se traduz no potencial do xilitol para “sobrecarregar” a coagulação sanguínea no corpo.
Com coágulos recém-formados, ocorre a obstrução dos vasos sanguíneos do coração e do cérebro. Por consequência, aumenta a probabilidade de doenças como acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco.
O uso de substitutos doces como o xilitol aumentou nos últimos anos em meio a preocupações crescentes com a obesidade e a ligação entre o consumo de açúcar e condições como câncer, diabetes, doenças cardíacas, demência e hipertensão.
O xilitol é comumente usado como adoçante substituto porque tem aparência e gosto de açúcar. Mas contém 40% menos calorias e não aumenta os níveis de açúcar no sangue como o açúcar de mesa.
Quais os fatores de risco para AVC?
Os fatores de risco para AVC são múltiplos e interconectados.
Primeiramente, a hipertensão é um dos principais fatores de risco, pois a pressão alta pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar a chance de bloqueios ou rompimentos.
Além disso, o diabetes também eleva o risco de AVC devido aos altos níveis de glicose no sangue que podem danificar os vasos sanguíneos ao longo do tempo.
O colesterol alto é outro fator crítico, pois contribui para a formação de placas nas artérias, dificultando o fluxo sanguíneo adequado.
Em seguida, o tabagismo não pode ser ignorado, uma vez que fumar danifica os vasos sanguíneos e reduz a quantidade de oxigênio no sangue.
O sedentarismo e a obesidade também aumentam o risco, pois a falta de atividade física e o excesso de peso podem levar a outros problemas de saúde, como hipertensão e diabetes, que aumentam o risco de AVC.
Outro fator a considerar é a predisposição genética, onde um histórico familiar de AVC pode aumentar a probabilidade de ocorrência.
Além disso, condições cardíacas como fibrilação atrial, insuficiência cardíaca e cardiopatias congênitas também contribuem para o risco de AVC.
Por fim, a idade e o sexo desempenham papéis significativos, com o risco aumentando à medida que envelhecemos e sendo ligeiramente maior nos homens em comparação com as mulheres na maioria das faixas etárias.