EUA aprovam remdesivir como primeiro tratamento contra covid-19
Apesar da aprovação, pesquisa da OMS concluiu que remédio não é capaz de prevenir mortes causadas pelo novo coronavírus
A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou o uso do antiviral remdesivir no tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19.
A medida permite que o medicamento seja dado a adultos e crianças a partir de 12 anos e pesando mais de 40 quilos. A droga e só poderá ser administrada por via injetável em ambiente hospitalar. Portanto, as pessoas não terão acesso ao remédio na farmácia.
O antiviral já tinha recebido autorização para uso emergencial do FDA em maio, depois que um estudo indicou que ele reduziu o tempo de recuperação de pacientes hospitalizados.
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O remédio chegou a fazer parte do tratamento do presidente Donald Trump quando ele foi diagnosticado com a covid-19.
Apesar do uso nos EUA e em países da Europa, um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) com mais de 11 mil pessoas concluiu que o medicamento não é eficaz contra a doença causada pelo novo coronavírus. O ensaio mostrou que a droga não foi capaz de prevenir mortes em pacientes com covid-19 e teve pouco ou nenhum papel na redução do tempo de internação.
Jornais norte-americanos destacam que a aprovação do remdesivir veio a menos de duas semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos, indicando que a medida pode ter carácter político, já que Trump havia prometido a cura contra a covid-19.
O remdesivir foi originalmente desenvolvido pela biofarmacêutica Gilead Sciences para tratar o ebola, mas se mostrou ineficaz para essa doença.