Folhas medicinais que se acredita reverter diabetes

Algumas ervas têm sido associadas a benefícios potenciais no controle do diabetes, mas não devem substituir o tratamento convencional

Na Índia, os sistemas de medicina tradicional e ayurvédica há muito utilizam várias folhas medicinais pelo seu papel potencial no tratamento do diabetes.

Acredita-se que essas ervas sejam capazes de controlar os níveis de açúcar no sangue, melhorando a sensibilidade à insulina e evitando complicações associadas à doença.

Várias espécies vêm sendo testadas quanto à sua eficácia no tratamento do diabetes, como por exemplo Taraxacum officinale (dente-de-leão), Cynara scolymus (alcachofra), Arctium lappa (bardana), Baccharis trimera (carqueja), dentre outras.

Apesar disso, é importante ressaltar que não há cura definitiva conhecida para o diabetes até o momento.

A gestão eficaz da condição envolve uma abordagem holística que inclui uma dieta equilibrada, exercícios regulares, controle de peso, monitoramento dos níveis de glicose no sangue e, em alguns casos, medicação prescrita por um médico.

Ervas que já demonstraram benefícios contra o diabetes

Neem (Azadirachta indica)

As folhas de neem são usadas na medicina tradicional indiana para várias finalidades, entre para o controle do açúcar no sangue. Acredita-se que elas tenham propriedades antidiabéticas.

No entanto, a evidência científica sobre a eficácia do neem no controle do diabetes é limitada e os estudos até o momento não forneceram resultados conclusivos.

Folhas de neem
Créditos: Dinesh Ahir/istock
Folhas de neem

Feno-grego (Trigonella feno-grego)

O feno-grego é uma erva medicinal com benefícios potenciais no controle do diabetes.

As sementes de feno-grego contêm compostos ativos, incluindo fibras solúveis, proteínas e alcaloides, que podem ajudar a regular os níveis de glicose no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina.

Alguns estudos mostraram que o feno-grego pode ser útil para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2.

Folhas de curry

Algumas pesquisas sugerem que as folhas de curry podem oferecer benefícios potenciais para pessoas com diabetes devido às suas propriedades antioxidantes e possíveis efeitos hipoglicemiantes.

Estudos preliminares sugerem que as folhas de curry podem ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina.

Folhas de curry pode melhorar a sensibilidade à insulina
Créditos: Sadasiba Behera/istock
Folhas de curry pode melhorar a sensibilidade à insulina

Folhas de manjericão

Estudos pré-clínicos demonstraram que o manjericão pode ajudar a regular os níveis de glicose no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina em animais.

Além disso, seu potencial antioxidante pode ajudar a proteger as células do dano causado pelos radicais livres, que podem contribuir para complicações relacionadas ao diabetes.

Cuidados ao adotar o tratamento complementar

No entanto, é importante ressaltar que essas ervas não devem substituir os medicamentos prescritos para o diabetes sem orientação médica.

Se você estiver considerando o uso delas como complemento ao tratamento do diabetes, é fundamental consultar um profissional de saúde para obter orientação adequada e garantir a segurança e eficácia do tratamento.

Além disso, é essencial monitorar regularmente os níveis de glicose no sangue para avaliar a resposta do corpo e ajustar o tratamento conforme necessário.

Diabetes

Diabetes mellitus é uma desordem crônica causada relacionada à absorção da glicose do sangue pelas
células.

O diabetes pode aparecer como uma doença auto-imune (tipo 1) ou como uma desordem onde a absorção insuficiente da insulina é o principal fator fisio-patológico (tipo 2).

O diabetes pode aparecer sem nenhuma manifestação clínica, anos antes do aparecimento do quadro clínico de diabetes.

A doença está relacionada ao risco aumentado de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC; renais; nos olhos; nervos; entre outras.

Projeções da OMS demonstram que, em 20121, havia 529 milhões de pessoas com a doença, sendo 90% com diabetes tipo 2.

Estimativas, no entanto, revelam que o número de pessoas com a doença  poderá ultrapassar 1 bilhão em 2050.