Implanon no SUS: entenda como funciona o implante anticoncepcional gratuito
Com duração de até três anos, o Implanon será incorporado à rede pública e promete ampliar o acesso ao planejamento reprodutivo no Brasil
O Sistema Único de Saúde (SUS) dará um importante passo no acesso à contracepção com a inclusão do Implanon, um implante subcutâneo de longa duração que será oferecido gratuitamente às mulheres brasileiras.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde após parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), e a previsão é que o método esteja disponível já no segundo semestre de 2025.
O que é o Implanon e como ele funciona?
Fabricado pela empresa Organon, o Implanon é um pequeno bastão de plástico flexível, que mede cerca de 4 cm e contém 68 mg de etonogestrel, um hormônio feminino da classe dos progestagênios.
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O implante é inserido logo abaixo da pele do braço, por um médico ou enfermeiro treinado, e libera o hormônio gradualmente na corrente sanguínea, impedindo a ovulação e dificultando a entrada de espermatozoides no útero.

Com eficácia comparável à da pílula anticoncepcional e duração de até três anos, o Implanon tem a vantagem de não exigir uso diário, o que aumenta significativamente sua taxa de sucesso.
Planejamento reprodutivo mais acessível e seguro
De acordo com o Ministério da Saúde, o Implanon representa um importante reforço ao planejamento reprodutivo, principalmente por ser um método reversível e de longa duração, que dispensa o uso contínuo e correto por parte da usuária, uma falha comum em métodos como a pílula e os anticoncepcionais injetáveis.
Atualmente, o único método de longa duração disponível no SUS é o DIU de cobre, que também é eficaz, mas pode não ser indicado para todas as pacientes.
O Implanon surge como alternativa segura, prática e hormonal. Após os três anos, o bastonete pode ser retirado facilmente e, se desejado, um novo pode ser implantado. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Implanon no SUS: quando estará disponível?
A expectativa do Ministério da Saúde é iniciar a distribuição do Implanon ainda em 2025, com previsão de alcançar 500 mil implantes no primeiro ano e um total de 1,8 milhão até 2026. O investimento do governo federal será de aproximadamente R$ 245 milhões, com cada unidade custando entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada.
Para oficializar a nova política, uma portaria será publicada nos próximos dias. A partir disso, o SUS terá até 180 dias para efetivar a distribuição, que inclui a compra dos insumos, capacitação de profissionais e atualização dos protocolos clínicos.
Outros métodos contraceptivos disponíveis no SUS
Além do Implanon, o SUS já oferece diversos métodos contraceptivos, entre eles:
- Preservativo externo e interno (os únicos com proteção contra ISTs)
- Pílula oral combinada
- Pílula oral de progestagênio
- Anticoncepcionais injetáveis mensal e trimestral
- DIU de cobre
- Laqueadura tubária bilateral
- Vasectomia
A inclusão do Implanon amplia esse leque, permitindo a escolha do método mais adequado a cada estilo de vida e plano reprodutivo.
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