Leite materno promove crescimento cerebral de bebês prematuros
Estudo conclui que bebês amamentados com leite materno apresentam níveis mais altos de substâncias importantes para o crescimento do cérebro
O leite materno é considerado a primeira vacina do recém-nascido, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 820 mil morte infantis poderiam ser evitadas com o aleitamento exclusivo até os seis meses de vida, em livre demanda, e complementado até os dois anos da criança. Agora um estudo descobriu outro poder mágico do aleitamento materno: ele promove o crescimento cerebral de bebês prematuros.
O estudo apresentado no Encontro das Sociedades Acadêmicas Pediátricas 2019 em Baltimore, nos Estados Unidos, selecionou bebês que tinham muito baixo peso ao nascer (menos de 1.500 gramas) e 32 semanas de idade gestacional ou menos ao nascer.
A equipe de pesquisa, então, coletou – via espectroscopia de ressonância magnética de prótons – dados da massa branca frontal direita e do cerebelo, uma região do cérebro que permite que as pessoas mantenham o equilíbrio e a coordenação muscular adequada e que ofereça suporte a funções cognitivas.
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Os espectros de massa branca cerebral mostraram níveis significativamente maiores de inositol, uma molécula semelhante à glicose, para bebês alimentados com leite materno, em comparação com os bebês alimentados com fórmula. Os níveis de creatina também eram significativamente maiores nos bebês amamentados com leite materno.
Além disso, os pesquisadores também compararam bebês que foram amamentados por mais de um ano com aqueles que foram amamentados menos de um ano, e encontraram crescimento cerebral significativamente melhor nos bebês que foram amamentados por mais tempo – especialmente em áreas do cérebro que lidam com a função motora.
Ainda não está claro, no entanto, o que torna a amamentação tão benéfica para o desenvolvimento de cérebros, segundo Catherine Limperopoulos, uma das autoras da pesquisa.