Mastigação lenta pode ajudar a prevenir diabetes
Estudos indicam que mastigar mais devagar estimula a liberação de insulina, o que significa um melhor controle da glicose
A velocidade da nossa mastigação pode ter um impacto significativo na nossa saúde geral, particularmente na redução do risco de doenças metabólicas como o diabetes.
A ciência por trás da mastigação
Mastigar é o primeiro passo do processo digestivo. Quando mastigamos bem os alimentos, nós os quebramos em partículas menores, facilitando o funcionamento eficiente das enzimas digestivas.
Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition descobriu que indivíduos que mastigavam cada mordida 40 vezes apresentavam níveis mais baixos de grelina, o hormônio da fome.
Eles também tinham níveis mais elevados de hormônios intestinais associados à sensação de saciedade.
Isto sugere que uma mastigação completa pode ajudar a regular o apetite e prevenir excessos, um fator importante no controle de peso.
Além disso, quando os alimentos são bem mastigados, as enzimas digestivas têm mais superfície para atuar, o que melhora a absorção dos nutrientes no intestino.
A mastigação e o diabetes
A velocidade com que mastigamos pode influenciar o risco de diabetes. Um estudo publicado journal of Annals Pediatric Endocrinology & Metabolism descobriu que comem suas refeições rapidamente são mais propensos a desenvolver resistência à insulina, um precursor do diabetes.
A resistência à insulina ocorre quando as células do corpo não respondem adequadamente à insulina, levando a níveis elevados de açúcar no sangue.
Mastigando os alimentos lenta e cuidadosamente, podemos ajudar a regular níveis de açúcar no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina.
O ato de mastigar estimula a produção de saliva que contém enzimas que iniciam a digestão dos carboidratos.
Essa quebra precoce de carboidratos pode ajudar a prevenir picos repentinos de açúcar no sangue, reduzindo o risco de resistência à insulina.
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