Esta mudança nas preferências alimentares pode sinalizar demência

Sinal costuma ser ignorado na maioria dos casos, pois quase ninguém o liga à doença

Quando falamos de demência, automaticamente, o sintoma que nos vem à cabeça é a perda de memória. Mas poucos de nós conhecemos outros sinais e sintomas menos óbvios, como a mudança nas preferências alimentares, por exemplo.

A doença faz com que muitos pacientes passem a ter mais vontade de comer doces. 

De acordo com a Alzheimer’s Association, isso acontece porque as papilas gustativas podem diminuir quando a doença se instala. E isso altera a forma como as pessoas processam ou experimentam o sabor, resultando numa mudança nas suas preferências gustativas.

Como tal, algumas pessoas podem desenvolver um novo desejo por doces, apesar de terem odiado açúcar no passado, ou podem desejar algo que normalmente não comeriam, por exemplo, um vegetariano pode de repente começar a desejar carne.

Mudança nas preferências alimentares pode ser sinal de alerta de demência
Créditos: halfpoint/DepositPhotos
Mudança nas preferências alimentares pode ser sinal de alerta de demência

Estudos recentes também mostraram que, à medida que a demência progride, ela ataca parte do cérebro responsável pelo autocontrole nas dietas.

Outros sintomas menos conhecidos de demência incluem

  • Perda de olfato
  • Convulsões
  • Incontinência urinária
  • Quedas e desmaios repetidos
  • Alucinações visuais
  • Apetite aumentado e perda de peso
  • Distúrbios do sono
  • Dificuldades motoras

O que leva uma pessoa a ter demência?

A demência é causada por várias condições que afetam o cérebro, sendo a mais comum a doença de Alzheimer, que resulta da formação de placas de beta-amiloide e emaranhados de tau, levando à morte das células nervosas.

Outra causa significativa é a demência vascular, decorrente de danos aos vasos sanguíneos do cérebro devido a derrames ou doenças cardiovasculares, que comprometem o fornecimento de oxigênio e nutrientes.

Além disso, a demência com corpos de Lewy, caracterizada por depósitos anormais de alfa-sinucleína, e a demência frontotemporal, que envolve a degeneração dos lobos frontal e temporal, também são causas importantes.

Fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, hipertensão, diabetes, colesterol alto e doenças cardíacas.

Quais os primeiros sinais de demência?

OS primeiros sinais de demência podem ser sutis e frequentemente são confundidos com os efeitos normais do envelhecimento.

Inicialmente, a perda de memória é um dos sinais mais comuns. A pessoa pode começar a esquecer eventos recentes ou informações importantes, como compromissos e nomes de pessoas conhecidas.

Além disso, pode ter dificuldade em encontrar palavras adequadas durante uma conversa, o que frequentemente leva a pausas ou substituições de palavras.

Simultaneamente, pode haver uma redução na capacidade de planejar ou resolver problemas, o que pode se manifestar como dificuldades em seguir uma receita ou administrar finanças.

Além disso, a desorientação no tempo e no espaço pode surgir, fazendo com que a pessoa se perca em locais familiares ou esqueça onde está e como chegou lá.

Ademais, mudanças de humor e comportamento, como irritabilidade, ansiedade e depressão, são comuns e podem ocorrer concomitantemente com os problemas de memória.

Da mesma forma, a pessoa pode começar a perder o interesse por atividades que antes eram prazerosas, demonstrando apatia ou isolamento social.

À medida que esses sintomas se tornam mais frequentes e pronunciados, as dificuldades na execução de tarefas diárias simples, como vestir-se ou preparar refeições, tornam-se mais evidentes.

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