Novas subvariantes inéditas da Ômicron são detectadas no Brasil

As amostras das sublinhagens foram coletadas nas cidades de São Paulo e de Ribeirão Preto

O Instituto Butantan detectou duas novas subvariantes da Ômicron do vírus causador da covid-19, até então inéditas no Brasil. Tratam-se da XBB.1 e CK.2.1.1. As análises se referem a exames diagnósticos coletados entre 16 de outubro e 5 de novembro.

A amostra de XBB.1 foi encontrada na cidade de São Paulo. Essa variante é uma recombinante entre as sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75 e já foi detectada em outros 35 países. Ao todo, há 2.025 registros oficiais no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem evidências preliminares que sugerem que ela pode trazer um risco maior de reinfecção, comparada a outras sublinhagens da Ômicron.

Novas variantes foram detectadas nas cidades de São Paulo e Ribeirão Preto
Créditos: Naeblys/istock
Novas variantes foram detectadas nas cidades de São Paulo e Ribeirão Preto

Já a amostra de CK.2.1.1 foi detectada em um paciente em Ribeirão Preto. Até o momento, apenas 342 sequências dessa variante haviam sido encontradas no mundo. Ela já foi identificada na Alemanha, nos Estados Unidos, na Dinamarca, na Espanha e na Áustria.

BQ.1

Além dessas cepas, o Butatan ainda confirmou ter identificado outras subvariantes em pacientes do estado de São Paulo. Foram três amostras da BQ.1 na capital paulista; e 58 amostras de BQ.1.1, sendo 2 na região de São José do Rio Preto, 2 na cidade de Serrana e 42 na cidade de São Paulo.

A BQ.1 é uma sublinhagem da BA.5 que carrega mutações na proteína Spike, um ponto importante do vírus. Ela vem sendo apontada como mais transmissível que as variantes anteriores e responsável pela nova onda de casos na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.

Os primeiros casos da variante BQ.1 no Brasil foram identificados no início de novembro e um morte já foi registrada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza o monitoramento contínuo das diferentes linhagens e aponta que a BQ.1 já foi detectada em 65 países.

Como se proteger

Além de atualizar o status vacinal, a volta da máscara tem sido recomendada pelos infectologistas, principalmente em locais fechados e sem ventilação ou com grande concentração de pessoas.

O uso de máscara, principalmente em locais fechados, ajuda a evitar a contaminação
Créditos: AndreyPopov/istock
O uso de máscara, principalmente em locais fechados, ajuda a evitar a contaminação

Os cuidados devem ser redobrados entre o indivíduos imunocomprometidos, idosos e com comorbidades, por serem mais suscetíveis a desenvolver casos graves quando infectados por coronavírus.

Indivíduos que apresentarem sintomas compatíveis com síndrome gripal deverão procurar assistência médica para confirmação diagnóstica e monitoramento.

Já pessoas confirmadas com covid-19 devem se manter afastadas do convívio social. Se feito novamente exame no quinto dia e o resultado for negativo, podem retornar ao convívio.