OMS recomenda medicamento injetável para prevenir HIV

Droga de ação prolongada é considerada segura e altamente eficaz na proteção contra o vírus

29/07/2022 09:23

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou diretrizes para recomendar o uso de um novo medicamento injetável de ação prolongada como forma de evitar a infecção pelo vírus HIV.

Chamado cabotegravir (CAB-LA), o remédio é considerado seguro e altamente eficaz em seu propósito e, por isso, a OMS pediu aos países que o considerem opção de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus para pessoas com risco substancial de infecção pelo HIV.

OMS recomenda uso de novo medicamento injetável para prevenir HIV
OMS recomenda uso de novo medicamento injetável para prevenir HIV - reprodução/ONU

A droga ainda não é encontrada à venda, está disponível apenas para ambientes de estudo.

O diferencial do cabotegravir é que ele e injetável e de ação prolongada. Os medicamentos usados hoje para prevenir o HIV são de uso oral e precisam ser tomados todos os dias para ter efeito.

O CAB-LA é utilizado com as primeiras duas  injeções administradas com 4 semanas de intervalo, seguidas por uma injeção a cada 8 semanas.

Os ensaios clínicos descobriram que o uso de CAB-LA resultou em uma redução relativa de 79% no risco de HIV em comparação com a PrEP oral.

“Esperamos que essas novas diretrizes ajudem a acelerar os esforços dos países para começar a planejar e entregar o CAB-LA juntamente com outras opções de prevenção do HIV, incluindo a PrEP oral e o anel vaginal dapivirina”, disse a Dra. Meg Doherty, Diretora dos Programas Globais de HIV, Hepatite e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OMS.

“Para atingir as metas de prevenção da ONU, devemos pressionar por um acesso rápido e equitativo a todas as ferramentas de prevenção eficazes, incluindo a PrEP de ação prolongada”, disse Rachel Baggaley, líder da equipe de testes, prevenção e populações dos programas globais de HIV, hepatite e IST em WHO. “Isso significa superar barreiras críticas em países de baixa e média renda, incluindo desafios e custos de implementação.”