Os sinais de Alzheimer que podem aparecer no estágio inicial
No estágio leve, os sintomas são geralmente sutis e podem ser confundidos com os efeitos normais do envelhecimento
Poucas pessoas ainda sabem quais alterações podem realmente indicar estágio inicial da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.
Embora não exista cura, existem tratamentos que podem reduzir a velocidade de progressão da doença. Por isso, é importante chegar a um diagnóstico o mais breve possível.
No estágio leve, alguns sintomas já são perceptíveis. Estes incluem confusão, dificuldade de memória e esquecimento, mudanças de humor e problemas na fala.
Esses sintomas ocorrem em decorrência da perda gradual da função cerebral.
O que acontece no cérebro no Alzheimer?
No Alzheimer, ocorre a destruição das células nervosas e as conexões entre as células (sinapses). Isso faz com que a função cerebral se deteriore e o órgão encolha.
Na doença de Alzheimer, ocorrem depósitos típicos no cérebro. São fragmentos de proteínas que se aglomeram entre as células nervosas e formam as chamadas placas (beta-amiloide).
Esses acúmulos de proteínas podem dificultar a transmissão do sinal entre as células. Também característicos são os feixes semelhantes a fios de outra proteína (tau), presentes nas células nervosas que estão morrendo.
Os sinais de Alzheimer
Perda de memória
A primeira parte do cérebro que começa a deteriorar é frequentemente a que controla a memória e a fala.
É aí que aparecem os lapsos de memória que afetam a vida diária, como esquecer eventos ou informações recentemente aprendidas, além de dificuldades para se lembrar de nomes e palavras ao conversar.
Mas mais tarde – à medida que a doença progride – estas memórias podem continuar desaparecendo, de modo que mesmo os familiares mais próximos, como o cônjuge ou os filhos, já não são reconhecidos.
Confusão com tempo e espaço
Indivíduos podem demonstrar desorientação em relação ao tempo e ao espaço, tendo dificuldades para lembrar-se de datas ou entender onde estão.
Dificuldade de planejamento e resolução de problemas
A capacidade de planejar e resolver problemas começa a se deteriorar, resultando em desafios para gerenciar tarefas cotidianas, como pagar contas ou seguir receitas de cozinha.
Dificuldade na fala
Muitas pessoas com Alzheimer têm dificuldade em acompanhar uma conversa e participar ativamente nela. Eles perdem o fio da meada, usam palavras inadequadas ou têm problemas para encontrar palavras. A repetição frequente também pode ser um sinal.
Mudanças na personalidade e no comportamento
Mudanças graves de humor sem motivo aparente podem ser resultado da doença de Alzheimer.
Também podem ocorrer alterações significativas de personalidade, por exemplo, desconforto grave em espaços desconhecidos, desconfiança repentina, comportamento agressivo ou sentimentos de desamparo, tristeza e inquietação.
Quais os fatores de risco para o Alzheimer?
O envelhecimento é um importante fator de risco para a doença de Alzheimer, pois causa alterações no cérebro. Após os 65 anos, o número de pessoas com doença de Alzheimer duplica a cada cinco anos, de acordo com a OMS.
Além disso, histórico familiar é relevante, pois indivíduos com parentes de primeiro grau diagnosticados têm maior probabilidade de desenvolver a doença.
A genética também desempenha um papel significativo, especialmente com a presença do gene APOE-e4.
Outro fator importante é o estilo de vida, incluindo hábitos como sedentarismo, má alimentação e tabagismo, que podem contribuir para um risco maior.
Ademais, condições médicas como hipertensão, diabetes e colesterol alto estão associadas ao desenvolvimento de Alzheimer.
Por fim, lesões cerebrais traumáticas e baixo nível educacional, que pode refletir menor reserva cognitiva, também são considerados fatores de risco.