Por que um ataque de pânico acontece e como evitá-lo?
Sensação de medo intensa e desproporcional à realidade, como ocorreu com a cantora Wanessa, pode acontecer com qualquer um
Respiração irregular e curta, palpitações e sensação de algo catastrófico irá ocorrer. Esses são alguns dos sintomas físicos e psicológicos que uma pessoa pode experienciar durante um ataque de pânico.
Recentemente, a condição voltou a ser assunto após o anúncio do fim do casamento da cantora Wanessa com o empresário Marcus Buaiz. A cantora sofre de episódios de pânico, e sua condição tornou-se pública após o documentário “É O Amor”, da Netflix, que mostrou o dia a dia da família Camargo.
A minissérie chega a mostrar Wanessa tendo algumas dessas crise e revelando medo de morrer. Em uma dessas cenas, ela é vista sendo amparada pelo pai, Zezé, no banheiro.
- Ombro congelado e diabetes: como a doença afeta sua articulação
- Olímpia é destino certa para férias em família no interior de SP
- Como manter o equilíbrio alimentar nas celebrações de fim de ano?
- A verdade sobre a vitamina C: entenda quando e como o excesso faz mal ao corpo
O que é o ataque de pânico?
O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento.
“Estima-se que a maioria das pessoas experimentará pelo menos um desses ataques inesperados em algum momento de sua vida”, diz Andrea Reinecke, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford.
O gatilho que dispara essa resposta exacerbada ocorre na região central do cérebro, que é responsável pelo controle das emoções e da liberação de adrenalina. Esse hormônio faz com que o organismo se prepare para fugir ou lutar diante de uma situação de perigo.
Mesmo sem um perigo real, o cérebro pode disparar esse alarme fazendo com que o medo intenso assuma o controle do corpo.
Em que situação pode ocorrer
Um ataque de pânico tende a ocorrer em casos de ansiedade severa. Pode acontecer diante de algum gatilho conhecido, como exposição a uma situação traumática ou a algo que cause medo, mas também pode ocorrer de maneira inesperada, sem uma causa óbvia.
Há pessoas que sentem a crise de pânico durante ou ao final de um período muito estressante, como em crises financeiras, brigas, separações.
Sintomas:
Alguns dos sintomas clássicos são:
- Falta de ar e respiração ofegante;
- Palpitação;
- Suor;
- Tontura;
- Formigamento nos dedos;
- Tremores;
- Sensação de estar fora do corpo;
- Medo de morrer;
- Náuseas.
O que fazer?
Diante da iminência de uma crise de pânico, algo muito simples pode ajudar: a respiração. A ideia é tirar o foco para os sintomas que estão aparecendo no corpo e respirar lenta e profundamente.
Parece bobo, mas não é.
Nossa respiração é um calmante natural e pode ajudar numa leve sensação de relaxamento.
Nesse momento de grande ansiedade, procure respirar estufando o abdômen, fazendo com que o ar passe pelo diafragma em um ritmo ideal de sua respiração.
Pode-se inspirar puxando o ar em 4 segundos, segurar a respiração por 4 segundos e expirar todo o ar de seus pulmões por 6 segundos, procurando sempre estar confortável com o tempo da respiração.
Enquanto respira, tente identificar 5 coisas que você pode ver, 4 coisas que pode tocar, 3 coisas que pode ouvir, 2 coisas que pode cheirar
1 coisa que pode sentir o gosto. Isso ajudará a tirar o foco da situação estressante.
Tratamento
É claro que, como toda doença, o transtorno de pânico também exige acompanhamento médico e tratamento, que pode incluir medicamentos e psicoterapia.
Mudanças na rotina também podem contribuir, como adotar exercícios físicos – que aumentam a sensação de prazer – e seguir uma alimentação saudável, com redução de açúcar e cafeína.