Por que pular uma boa noite de sono não é bom para a saúde
Uma série de processos do nosso corpo podem sofrer um impacto com uma noite mal dormida. Entenda por que isso ocorre
O sono é uma parte importante da rotina de todos. No entanto, muitos não percebem e negligenciam a importância dessas horas de descanso. Isto é preocupante porque pular uma boa noite de sono pode afetar seriamente a saúde física e mental.
A quantidade de sono que uma pessoa requer varia, mas em média a maioria dos adultos precisa de cerca de 7 a 8 horas de sono por dia.
Por que precisamos dormir?
Embora passemos cerca de um terço das nossas vidas dormindo, os cientistas ainda não conseguiram decifrar exatamente por que precisamos dormir.
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Alguns podem acreditar que o sono não tem uma função única; em vez disso, tem muitas funções vitais. Estas incluem conservação de energia, eliminação de resíduos cerebrais, suporte ao sistema imunológico, saúde cognitiva, desempenho e bem-estar psicológico.
Ao garantir o bom funcionamento de todas estas funções, o sono ajuda a manter o organismo em condições ideais de sobrevivência.
Não está claro quanto tempo os humanos conseguem sobreviver sem dormir, mas uma coisa é certa: não é possível evitá-lo completamente. Mesmo se você tentar, seu cérebro acabará forçando você a dormir depois de um tempo.
O que acontece quando dormimos?
O sono é um processo fisiológico complexo que vai muito além de apenas fechar os olhos e descansar.
Durante o sono, nosso corpo e mente passam por uma série de processos restauradores que são essenciais para o funcionamento adequado de várias funções fisiológicas e psicológicas.
E ao contrário do que muitos possam imaginar, o cérebro não desliga completamente durante o sono. Na verdade, ele permanece ativo, coordenando essas funções essenciais para manter o corpo e a mente saudáveis.
O sono é dividido em várias fases que se repetem em ciclos ao longo da noite. Essas fases podem ser agrupadas em duas categorias principais: sono não-REM (NREM) e sono REM (Rapid Eye Movement).
Quais as fases do sono?
Sono Não-REM (NREM):
Fase 1 (N1): esta é a fase de transição entre a vigília e o sono. É um sono leve, onde podemos nos despertar facilmente. Os movimentos oculares e a atividade muscular diminuem.
Fase 2 (N2): nesta fase, o sono é mais profundo do que na fase 1. A temperatura corporal e a frequência cardíaca diminuem, e os movimentos oculares cessam. Ondas cerebrais específicas chamadas fusos do sono e complexos K aparecem, sinalizando a entrada em um sono mais estável.
Fase 3 (N3): esta é a fase do sono profundo ou sono de ondas lentas, esta fase é fundamental para a restauração física. Durante o sono profundo, a atividade das ondas cerebrais desacelera significativamente, e é mais difícil de a pessoa despertar. O corpo realiza reparos celulares, fortalece o sistema imunológico e libera hormônios importantes, como o hormônio do crescimento.
Sono REM (Rapid Eye Movement):
Fase REM: esta fase é quando acontecem os movimentos rápidos dos olhos, aumento da atividade cerebral e sonhos vívidos. Apesar da atividade cerebral aumentada, os músculos do corpo estão quase completamente paralisados, o que impede que as ações dos sonhos sejam realizadas fisicamente. O sono REM é essencial para a consolidação da memória, processamento emocional e aprendizado.
E quais as consequências de dormir mal?
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Mais dor
A falta de sono nos torna mais sensíveis à dor. Isto é o que descobriram pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley. A pele reage mais sensivelmente às temperaturas após uma noite sem dormir. O que era suportável ontem de repente dói. Devido à falta de sono, o processamento dos sinais de dor pelo cérebro fica confuso.
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Pressão alta à noite
Nas pessoas que dormem mal, a pressão arterial permanece muito alta à noite e não diminui. Quando você não dorme, sua frequência cardíaca permanece em torno de 80 batimentos por minuto, em vez de cair para 50 a 60. Ambos têm um efeito negativo nos vasos – aumenta o risco de arteriosclerose.
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Ganho de peso
Pular noites de sono pode levar ao ganho de peso e aumentar o risco de obesidade. A falta de sono afeta os hormônios que regulam a fome, aumentando o apetite e a preferência por alimentos ricos em calorias.
De quanto sono precisamos?
A quantidade de sono que alguém precisa pode variar ao longo da vida e de pessoa para pessoa. Os especialistas recomendam que os adultos durmam pelo menos 7 horas por noite, pois uma extensa pesquisa indica que dormir menos de 7 horas está associado a várias consequências adversas para a saúde.
As diretrizes da National Sleep Foundation indica o seguinte:
- Recém-nascido (0 a 3 meses): 14 a 18 horas por dia;
- Bebê (4 a 11 meses): 12 a 15 horas por dia;
- Um a dois anos: 11 a 14 horas por dia;
- Três a cinco anos: 10 a 13 horas;
- Seis a 13 anos: 9 a 11 horas;
- 14 a 17 anos: 8 a 10 horas;
- 18 a 25 anos: 7 a 9 horas;
- 26 a 64 anos: 7 a 9 horas;
- 65 anos ou mais: 7 a 8 horas.