Sinal bem incomum pode indicar complicação do diabetes

Esta alteração é decorrente da cetoacidose diabética

09/07/2023 06:20

Cada pessoa possui um odor característico, mas em certas condições de saúde, o cheiro do suor pode passar por alterações significativas. Um exemplo disso ocorre em casos de diabetes.

O suor normal, produzido pelas glândulas sudoríparas écrinas presentes em todo o corpo, não possui odor perceptível. Ele é composto principalmente por água salgada, contendo também íons como sódio e potássio, ureia, amônia, ácido úrico e uma pequena quantidade de proteínas.

O odor desagradável do suor surge quando esse líquido se mistura com bactérias presentes na superfície da pele.

Cheiro característico pode ser sinal de complicação de diabetes
Cheiro característico pode ser sinal de complicação de diabetes - Doucefleur/istock

Cheiro de acetona

No entanto, quando o odor lembra o cheiro de acetona, pode ser um indício de complicação de diabetes.

Isso ocorre porque pacientes com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver cetoacidose diabética, que ocorre quando há falta de insulina para quebrar os carboidratos em energia.

Nesse caso, o corpo é obrigado a queimar gordura, resultando na produção de cetonas. Como consequência, a acetona se acumula na corrente sanguínea e é liberada através do suor. Essa alteração no odor do suor pode ser um sinal importante de um desequilíbrio metabólico causado pelo diabetes.

É fundamental destacar que o odor do suor pode ser influenciado por outros fatores, como a alimentação e a higiene pessoal. Portanto, é essencial que qualquer alteração persistente no cheiro do suor seja avaliada por um profissional de saúde, a fim de identificar a causa subjacente e receber um diagnóstico adequado.

O reconhecimento desses sinais pode auxiliar na detecção precoce de condições de saúde, como o diabetes, possibilitando um tratamento adequado e evitando complicações futuras.

Cetoacidose diabética

De acordo com o MSD Manuals, a cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação metabólica aguda do diabetes caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica.

A condição ocorre principalmente no diabetes mellitus tipo 1.

Os sintomas podem incluir muita sede, urinar frequentemente, náuseas e vômitos, dor de estômago, fraqueza ou cansaço, falta de ar, hálito frutado e confusão.