Todos serão infectados pela Ômicron? Veja o que a OMS diz
Com a escalada de casos, tem sido levantada nas redes sociais a ideia de se contaminar para ficar logo livre da doença, mas essa não é uma boa ideia
A Ômicron segue se espalhando em todo o mundo em ritmo acelerado, já superando as variantes anteriores do coronavírus, como a Alpha, Beta e a Delta. De fato, ela é muito mais transmissível que as cepas que surgiram antes e contamina vacinados e não vacinados. A pergunta que fica é: será que todos serão inevitavelmente infectados mais cedo ou mais tarde pela Ômicron?
De acordo com a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, embora os casos estejam em alta em todo o mundo, isso ainda não significa que todos serão contaminados pela Ômicron.
“A Ômicron está ultrapassando a Delta em termos de circulação e é transmitida com muita eficiência entre as pessoas. Isso não significa que todos acabarão pegando a Ômicron, mas certamente estamos vendo casos altos e surtos de casos em todo o mundo”, afirmou Kerkhove.
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“É por isso que nós, como OMS, estamos trabalhando com parceiros em todo o mundo para ter uma estratégia abrangente para reduzir sua exposição e reduzir as oportunidades de infecção’, disse a epidemiologista.
“Em primeiro lugar, sabemos que a vacinação é incrivelmente protetora contra doenças graves e morte, mas também previne algumas infecções e algumas transmissões posteriores. Mas não é perfeito em termos de prevenção de infecções e transmissão.”
É por isso que ela reforçou a necessidade de as pessoas continuarem se protegendo, com o uso de máscara bem ajustada sobre o nariz e a boca, evitando aglomerações, trabalhando em casa, se possível, e realizando testes ao suspeitar dos sintomas.
Por que é importante reduzir a transmissão da Ômicron?
Com o avanço da Ômicron, gerando recordes de infecção diários, tem se espalhado nas redes sociais a ideia de pegar o vírus de propósito para ficar logo livre da infecção.
Porém, essa não é uma boa a ideia. Primeiramente, porque existe o risco da pessoa desenvolver uma doença grave, especialmente se tiver doenças prévias, tiver idade avançada e se não for vacinada. Além disso, cada organismo reage de uma forma ao vírus.
“A segunda razão é que não entendemos completamente o impacto da condição pós-covid ou covid longa. Portanto, as pessoas infectadas com esse vírus correm o risco de desenvolver consequências de longo prazo, o que chamamos de condição pós-covid. E nós realmente estamos apenas começando a entender isso”, reforçou Maria Van Kerkhove.
A epidemiologista afirmou ainda que, embora a variante tenha sido apontada como menos grave que a Delta, ainda assim está sobrecarregando os sistemas de saúde.
“E se as pessoas não puderem receber os cuidados adequados de que precisam, mais pessoas acabarão com doenças graves e morrendo, e isso é algo que queremos evitar”, disse.