Unha amarelada, manchas na pele e mais sinais de imunidade baixa
Analisar o aspectos das unhas, da pele e da boca é um dos caminhos para saber como anda a sua imunidade
Em tempos de covid-19, as atenções voltaram à nossa imunidade. Quando ela está baixa, ficamos mais suscetíveis à infecções frequentes, causadas por bactérias e vírus, incluindo o novo coronavírus.
Mas o corpo é sábio e envia sinais de alerta para avisar que as defesas do organismo estão comprometidas. “Os sinais mais frequentes de comprometimento da imunidade são as infecções recorrentes, especialmente das vias respiratórias superiores otites, sinusites, faringites”, explica a imunologista Ana Paula Castro, médica assistente da unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP.
A sonolência e o desânimo excessivo também podem ser dois indicativos de imunidade baixa, mas existem muitos outros, que algumas vezes acabam passando despercebidos.
A aparência das unhas é um deles. A coloração amarelada e micoses recorrentes podem indicar sistema imunológico enfraquecido. Isso é explicado porque a imunidade baixa atrai fungos que podem alterar a coloração e o aspecto da unha.
Segundo a médica, também podem ocorrer, de maneira mais sutil, diarreias e alergias de difícil controle.
Confira outros sinais de imunidade baixa:
- Amigdalite
- Herpes oral e genital
- Estomatite oral
- Infecções de pele
- Abscessos cutâneo (furúnculos)
- Unhas fracas que quebram com facilidade
- Micose nas unhas
- Manchas vermelhas ou brancas na pele
- Queda de cabelo
- Cansaço excessivo
É claro que esses problemas podem acontecer esporadicamente e não há muito com o que preocupar-se, o problema está na frequência.
A Cruz Vermelha Americana destacou os sinais e a frequência que indicam imunidade baixa. São eles: duas ou mais pneumonias no último ano, oito ou mais otites no último ano, estomatites repetidas ou monilíase (sapinho) por mais de dois meses, abcessos de repetição (furúnculos), infecções sistêmicas graves (meningite, artrose séptica ou septicemia, infecções intestinais repetidas ou diarreia crônica).
Como impulsionar a imunidade
Um sistema imunológico forte é capaz de nos protege contra tudo que é externo, como vírus, bactérias e fungos. Segundo a Dra. Ana Paula Castro, do Hospital das Clínicas de São Paulo, os antibióticos e as vacinas ajudam, mas um sistema imunológico funcionante é sinal de saúde.
“Trata-se de um sistema variado, que funciona semelhante a uma orquestra que de maneira harmônica produz uma música de qualidade. É composto por um conjunto de células com diferentes funções e uma série de proteínas que compõe os anticorpos, as citocinas, com isto produzimos defesa contra os ataques nocivos e guardamos memória caso estes agentes queiram mais uma vez causar infecção”, explica a médica.
Estas células e proteínas são produzidas diariamente, e para isso é preciso oferecer ao sistema imunológico os nutrientes adequados através de uma alimentação balanceada e rica em todos os tipos de nutrientes.
O imunologista José Roberto Zimmermann afirma que alimentação rica em frutas, legumes e verduras colabora e muito para a imunidade. “Podemos estimular o sistema imune através de alimentos ou medicamentos, geralmente fitoterápicos. Entre os alimentos, geralmente três porções de frutas e duas de vegetais são suficientes”, exemplifica o médico.
Ele também cita alguns medicamentos que podem estimular nossas defesas. São eles: betaglucana, equinácea purpúrea, zinco, astrágalo e própolis.
Além disso, a inclusão de exercícios físicos na rotina e ter boas noites de sono podem dar um empurrãozinho na imunidade.
“Não é uma fútil receita de vida saudável, é de fato um passaporte para uma vida com menos infeções”, garante a Dra. Ana Paula Castro, que lembra que manter o calendário vacinal em dia é uma grande ajuda para o sistema imunológico.
Confira abaixo os alimentos indicados para aumentar a imunidade:
- Frutas cítricas: laranja, acerola e amora
- Vegetais verdes escuros: brócolis, couve e espinafre
- Zinco: carnes, cereais integrais e castanhas
- Oleaginosas: nozes, castanhas e amêndoas
- Licopeno (tomate)
- Ômega 3 (azeite e salmão)
- Antioxidantes: castanha-do-Pará e champignon
- Gengibre
- Pimenta
- Probióticos
- Alho e cebola
- Geleia real