App adaptado para daltônicos une história e ciência

Aplicativo é um dos projetos selecionados pela Maratona Unicef Samsung

03/08/2020 18:45

Uma iniciativa do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), da gigante sul-coreana Samsung e da Softex (Promoção da Excelência do Software Brasileiro) incentiva jovens brasileiros a desenvolverem tecnologias educacionais, como aplicativos, para serem utilizadas em escolas públicas, por professores e estudantes do ensino médio.

A Maratona Unicef Samsung está na fase final da segunda edição e apresenta grupos como o Cientistas Temporais, do Piauí, que decidiu criar um aplicativo que une história e ciências. Além disso, a equipe se preocupou em adaptar o app para pessoas com daltonismo.

App desenvolvido pelo grupo Cientistas Temporais, do Piauí, une história e ciências
App desenvolvido pelo grupo Cientistas Temporais, do Piauí, une história e ciências - Divulgação

“Tivemos esse cuidado em apresentar pelo menos um recurso de acessibilidade para o aplicativo. Assim, o jogo está todo adaptado para daltônicos. Outra preocupação que tivemos foi não criar um conteúdo básico, que apenas transmitisse informações para os alunos. A ideia é fazer com que professores e estudantes usem o app dentro e fora da sala de aula e fiquem mais próximos graças a um formato lúdico e gamificado”, explica Duany Dreyton Bezerra Sousa, professor responsável pelo projeto.

A equipe se preocupou em adaptar o app para pessoas com daltonismo
A equipe se preocupou em adaptar o app para pessoas com daltonismo - Divulgação

O Cientistas Temporais foi criado por quatro alunos do Instituto Federal do Piauí. Beatriz Siqueira Santos, Paulo Roberto Araújo Leal e Pedro Henrique da Cruz Dourado estão no ensino médio, enquanto Matheus Araújo Dantas já está no ensino superior. Além dessa linha de frente, o projeto contou com o suporte do Labiras, um dos laboratórios do Instituto, que integra estudantes de todos os anos e promove debates para misturar perfis criativos, acadêmicos e operacionais.


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No jogo, o usuário viaja no tempo e visita grandes nomes da ciência, desde a Grécia Antiga. O objetivo é posicionar em uma linha histórica qual era o contexto das principais invenções e descobertas de áreas como química, física e biologia. Tudo é movido pela interdisciplinaridade, elemento considerado indispensável pelo professor que orienta o grupo e que foi o responsável por “lançar a faísca” da ideia de viajar no tempo e explorar períodos como a Renascença.

“Acreditamos que os conteúdos das disciplinas precisam se cruzar. É importante para os alunos se ambientarem melhor e trocarem a matéria decorada pelo entendimento contextualizado. E essa mistura de geração e de perfis é muito valiosa. Sabemos que os estudantes que participam hoje da Maratona tiveram ajuda dos colegas e deixarão para os mais novos um legado”, destaca Duany, que atua na área de Inteligência Artificial.

Para a Samsung, é cada vez mais importante estimular ideias e iniciativas como o Cientistas Temporais. “A partir de nossa visão global de Responsabilidade Social, ‘Together for Tomorrow! Enabling People’, acreditamos que as pessoas precisam do máximo de incentivo e estímulos para desenvolver habilidades e competências. E os trabalhos por projetos da Maratona UNICEF Samsung têm importante papel nessa transformação”, frisa Isabel Costa, gerente de cidadania corporativa da Samsung Brasil.

Além do Cientistas Temporais, mais 18 equipes participaram da fase final da Maratona Unicef Samsung. Os grupos cumpriram as últimas etapas do programa com atividades online, tanto para o trabalho de mentoria quanto para as bancadas de avaliação. A versão final dos aplicativos foi publicada em 5 de junho e a cerimônia de encerramento está marcada para agosto.