Estônia cria primeiro visto para nômades digitais do mundo
País é um dos mais digitalizados do mundo e tem atraído muitos jovens e empresas de tecnologia
A pandemia do novo coronavírus mostrou que o trabalho remoto é uma tendência que veio para ficar. Essa modalidade não é novidade para os nômades digitais, que trabalham enquanto viajam o mundo.
De olho neste público, a Estônia alterou sua legislação de migração para criar um novo tipo de visto voltado exclusivamente para os nômades digitais.
Esta nova modalidade permite qualquer pessoa do mundo viver e trabalhar legalmente por até um ano no país –nove meses a mais do que o visto de turista de três meses permite ficar em países da comunidade europeia.
O “Visto Nômade Digital” foi aprovado pelo Parlamento local quase que quase unânime –83 votos a favor e apenas um contrário. Mas para obter o visto, os candidatos precisam comprovar uma renda remota estável.
País digitalizado
A Estônia é um dos países mais digitalizados do mundo e tem atraído muitos jovens e empresas de tecnologia.
O país báltico já possuía um programa de residência digital, chamado e-Residency.
Por apenas € 100 (cerca dr R$ 620), o programa oferece aos empreendedores estrangeiros a possibilidade de abrir uma empresa online dentro da União Europeia, ter uma identidade e conta bancária, sem estar fisicamente presentes.
De acordo com o ministro do Interior da Estônia, Mart Helme, “o visto para nômades digitais fortalecerá a imagem da Estônia como um estado eletrônico e dará ao país uma voz mais influente em nível internacional”.
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Se você se interessou é bom ficar atento, já que o país estima uma emissão máxima de 1.800 vistos dessa natureza por ano.
“Nação Blockchain”
A ex-república soviética tem 1,3 milhão de habitantes que vivem em uma área que corresponde à metade de Santa Catarina. No entanto, conta com alto índice de desenvolvimento humano.
A Estônia é considerada uma referência na adoção da tecnologia blockchain (espécie de banco de dados que usa criptografia para registrar as transações) para operações cotidianas, que lhe rendeu o apelido de “Nação Blockchain”.
O país emprega a tecnologia para garantir a segurança de dados do governo, como registros médicos, legais e policiais.
Nômades digitais são bem-vindos
Outros países da Europa também têm programas de visto para nômades digitais. A República Tcheca, por exemplo, oferece o “zivno”, um tipo de visto comercial de longo prazo para freelancers e outros trabalhadores autônomos ou remotos.
Já Portugal oferece um visto de residência temporária para trabalhadores empresários independentes.