Lixo da pandemia começa a aparecer nas praias do litoral norte de SP
Mais de 20 máscaras foram encontradas nas areias das praias nas últimas semanas
Assim como vem acontecendo em outros lugares do mundo, as máscaras utilizadas para proteção facial em meio a pandemia da covid-19 estão sendo descartadas irregularmente nas praias brasileiras.
Um vídeo sobre o assunto vem viralizando na internet, e mostra Gary Stokes, fundador do grupo pela conservação marinha OceansAsia, segurando máscaras coletadas em praia de Hong Kong.
Da Ásia para o Brasil, especificamente no litoral norte de São Paulo (Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela), o Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha tem registrado o descarte inadequado desses aparatos de segurança usados na pandemia.
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Diariamente técnicos do Argonauta realizam um registro fotográfico da situação das praias do litoral norte paulista com relação a presença de resíduos sólidos, além da coleta e classificação sistemática desse lixo.
De acordo com o Instituto Argonauta, desde o início da Pandemia mais de 20 máscaras foram encontradas nas areias das praias do litoral norte até o último dia 7 de julho.
O material foi encontrado pela equipe nas praias: Capricórnio, Cocanha, Massaguaçu, Mococa e Prainha em Caraguatatuba, Vermelha do Centro, Tenório e Praia Grande de Ubatuba, Engenho D’Água e Armação em Ilhabela, Boraceia, Boiçucanga, Olaria e trilha do Camburizinho em São Sebastião e Maresias, e esse número não para de crescer. Somente em um dia foram recolhidas 5 máscaras pela equipe.
“As máscaras têm componentes orgânicos e sintéticos, e o descarte incorreto tanto pode representar um risco a saúde humana, porque uma máscara de alguém contaminado ainda pode conter por algum período o vírus. Muitas delas têm tecido sintético e tiras de elástico que perduram por muito tempo, e tudo isso pode durar um tempo no ambiente marinho e fazer mal a fauna marinha”, explica o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, diretor executivo do Aquário de Ubatuba e do Instituto Argonauta.
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O problema do lixo sempre foi uma preocupação para o Aquário de Ubatuba e para o Instituto Argonauta. O aquário e o Projeto Tamar de Ubatuba foram as primeiras instituições a trabalharem no Brasil a problemática do lixo no mar.
A partir disso, diversas linhas de atuação foram adotadas, sempre no intuito de alertar a população sobre os impactos no meio ambiente, na saúde, e até na economia das quatro cidades que formam o litoral norte de São Paulo, baseadas principalmente no turismo.