Bolsonaro visita obra, gera aglomeração e é criticado por Mandetta

A diferença entre Bolsonaro e uma criança birrenta é que pelo menos a criança ainda tem chances de evoluir e não ser um completo ignorante

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a esquecer-se de seu importante cargo para o Brasil e encenou sua mais nova representação de uma verdadeira criança birrenta. Na manhã deste sábado, 11, o presidente foi conferir as obras de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás (GO), a 57 km de Brasília. Bolsonaro gerou grande aglomeração de pessoas, fazendo o contrário do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

No combate contra o novo coronavírus, chefes de estado de todo o mundo, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, estão recomendando às pessoas que optem pelo isolamento social. Bolsonaro, como uma criança birrenta, recomenda e faz o contrário.

Brasil pode enfrentar 3 epidemias ao mesmo tempo

Bolsonaro gera aglomeração em Goiás, durante visita à obra de hospital, e é criticado por Mandetta e Caiado
Créditos: reprodução / Folha de S. Paulo
Bolsonaro gera aglomeração em Goiás, durante visita à obra de hospital, e é criticado por Mandetta e Caiado

Mesmo acompanhando Bolsonaro na visita à obra, Mandetta chegou a criticar a atitude do presidente na manhã deste sábado. O ministro condenou a aglomeração de pessoas. “​Posso recomendar, não posso viver a vida das pessoas. Pessoas que fazem uma atitude dessas hoje daqui a pouco vão ser as mesmas que vão estar lamentando”, afirmou.

Questionado se a orientação valia também para o presidente da República, Mandetta afirmou que “vale para todos os brasileiros”. Mandetta não acompanhou Bolsonaro no momento em que ele foi até as pessoas. “Procuro seguir uma lógica de não aglomeração”, disse o ministro.

O governador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que rompeu politicamente com Bolsonaro por discordar de sua maneira de gerir a crise do coronavírus, também marcou presença na visita e teceu críticas ao comportamento do presidente.

“Ele que deverá explicar esta situação. Esta posição não foi a minha. Ele é o presidente e eu sou o governador. A minha posição foi a que vocês acompanharam. Esta é a posição que manteremos até o dia 19”, afirmou o governador de Goiás, mencionando a data em que o estado deve começar a flexibilizar o isolamento social em algumas regiões.

A diferença entre Bolsonaro e uma criança birrenta é a quantidade de velas que cada um irá soprar em seus respectivos aniversários. O presidente se comporta de forma infantil e irresponsável, colocando a vida de milhares e milhares de pessoas em risco. Uma pena!