Janaína Paschoal pede que Bolsonaro seja afastado e Mourão assuma
A deputada afirmou que em meio à pandemia do coronavírus o presidente brasileiro cometeu um 'crime contra a saúde pública'
Num discurso feito na Assembleia Legislativa de São Paulo, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) pede o afastamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Isto por que, em meio à pandemia de coronavírus em que, para evitar a disseminação do Cordvid-19 é recomendado isolamento voluntário, evitar aglomerações e contato físico. O presidente brasileiro, participou no último domingo, 15 de uma de manifestação, em frente ao Palácio do Planalto. Onde ele contrariou todas as recomendações e cumprimentou 272 pessoas.
Assim como o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), a deputada considerou este comportamento como um “crime a saúde pública”. Em seu discurso a deputada disse: “Quando as autoridades têm o poder e o dever de tomar providências para evitar um resultado danoso, e assim não procedem, elas respondem por esse resultado. Isso é homicídio doloso. Será atribuído ao governador do estado de São Paulo, será atribuído ao presidente da República, principalmente ao presidente da República, porque o que ele fez ontem é inadmissível, é injustificável, é indefensável. É um crime contra a saúde pública. Ele desrespeitou a ordem do seu ministro da Saúde”, fala Janaína.
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Janaína pediu que o Executivo federal fosse assumido pelo vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB): “Esse senhor tem que sair da Presidência da República. Deixa o Mourão que é treinado para a defesa conduzir a nação. Não tem mais justificativa. Eu me arrependi do meu voto. Que país é esse? Como esse homem vai lá, potencialmente contaminando as pessoas, pegando nas mãos e beijando? Ele está brincando? Ele acha que ele pode tudo? Precisamos de pessoas capazes e competentes para conduzir a nação. Quero crer que o Mourão possa fazer esse trabalho por nós”, afirmou.
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Bolsonaro ignora isolamento
Apesar de Jair Messias Bolsonaro, 64, fazer parte do grupo de risco por conta da idade, ele ignorou a recomendação médica de ficar em isolamento até fazer um novo teste. No domingo, 15, Bolsonaro se dirigiu ao Palácio do Planalto e foi até a grade cumprimentar centenas de apoiadores. Um levantamento feito pelo Estadão mostra que, em 58 minutos de interação com seus apoiadores, Bolsonaro cumprimentou 272 pessoas e manuseou ao menos 128 celulares.
Segundo a reportagem, parte dos cumprimentos, nos primeiros 50 minutos do vídeo, são com “soquinhos” nas mãos das pessoas ou mesmo apertos de mãos. Já nos cinco minutos finais de interação, o presidente alcança pelo menos 80 apoiadores correndo com a mão estendida e cumprimentando várias pessoas na sequência.
Bolsonaro deixou o isolamento que deveria fazer por ter se encontrado, semana passada, com ao menos 12 brasileiros diagnosticados com Covid-19, entre eles membros da sua comitiva que viajou aos Estados Unidos, como o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e o diplomata Nestor Forster.