Lula volta a falar sobre coronavírus após repercussão de comentário
O ex-presidente reconheceu que errou ao dizer: "ainda bem que a natureza criou o coronavírus"
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar, nesta quarta-feira, 20, sobre o novo coronavírus após repercussão de seu comentário, em entrevista ao jornalista Mino Carta, da Carta Capital, ontem, ia em que o Brasil bateu recorde de mortes em 24h pela covid-19.
Lula reconheceu que errou na escolha das palavras.
Para defender o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua importância para o país, Lula havia dito, ontem: “Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus“.
Obviamente, a declaração desmedida sobre a pandemia, demonstrando falta de empatia com as famílias e os amigos das milhares de vítimas no Brasil demonstrou a falta de bom senso por parte do petista que foi duramente criticado.
Após a repercussão negativa, Lula afirmou: “Eu, na verdade, se tivesse falando infelizmente em vez de ainda bem… Tentei usar uma palavra para explicar, que no menosprezado SUS, é no auge da crise que a gente começa a descobrir a importância da instituição. Eu usei uma frase totalmente infeliz que não cabia“, afirmou o ex-presidente.
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“Eu sou ser humano movido a coração, eu sei o sofrimento que causa a pandemia, não poder enterrar seus parentes, eu não saio de casa do dia 12 até agora. Nasceu netinha minha eu não fui ver. Acredito piamente que enquanto não tiver remédio a melhor solução para não pegar a doença é ficar em casa”, acrescentou, defendendo o isolamento social – diferentemente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Lula defendeu que uma pandemia como a do coronavírus precisa ser tratada por um Estado forte, presente nas decisões, no auxílio a população e defendendo a política que pode salvar vidas, como o isolamento social e o investimento na ampliação do número de leitos e compra de respiradores.
No Brasil, o governo federal tem feito campanha contra o isolamento social, defendido por médicos, especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de criar diversas burocracias para que o auxílio emergencial chegue à população e às empresas.