Marcos Mion se revolta com humorista Léo Lins por piada com autistas

"Se perdemos o respeito, não podemos exigi-lo", afirmou o apresentador

Marcos Mion publicou um vídeo em seu perfil no Instagram, na última quinta-feira, 24, indignado com uma piada com autistas que contou com a participação do humorista Léo Lins e sua namorada na mesma rede social esta semana.

Marcos Mion se revolta com humorista Léo Lins por piada com autistas
Créditos: Reprodução/Instagram e TV Record
Marcos Mion se revolta com humorista Léo Lins por piada com autistas

A namorada de Léo Lins, que é conhecido por suas piadas ácidas, a ex-panicat Aline Mineiro, publicou um vídeo nos stories do Instagram, na última segunda-feira, 21, no qual o humorista aparece sentado em um sofá, isolado num canto, sem ninguém ao seu redor. Até aí, tudo bem. O problema estava na legenda: “Parece autista”, escreveu ela.

Logo em seguida, o comentário de Aline gerou revolta nas redes sociais e ela foi acusada de preconceito.

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Com a repercussão negativa, a namorada de Léo Lins apagou o vídeo. Depois disso, ainda surgiu na internet, uma suposta resposta de Léo Lins direcionada às pessoas que apontaram o conteúdo ofensido. Na mensagem, uma pessoa pedia: “Aconselhe a sua namorada para retratar”. E Léo Lins teria respondido: ”Eu tentei, eu até pedi para ela aconselhar vocês a enfiarem um pênis gigantesco na boca”. A veracidade desta mensagem não foi comprovada.

Marcos Mion, que é pai de Romeo, um menino portador de autismo – e engajado na luta contra a discriminação de pessoas autistas – se revoltou com a história e usou seu perfil no Instagram para falar sobre o caso.

Marcos Mion exigiu que meninas legais sejam tomadas: “Energia ruim gera energia ruim. Peço, de coração, que os ataques cessem. O que tiver que ser feito, que seja feito da forma eficiente, na justiça, no silêncio, sem exposição e agressividade. Dos dois lados. A @fatimadekwant e a @reunida.autismo estão em cima de tudo. E estão me reportando. Comunidade, precisamos de paz até para lutar. Se perdemos o respeito, nos tornamos iguais ou piores que nossos agressores. Se perdemos o respeito, não podemos exigi-lo. Nossa batalha não é fácil, eu sei, mas temos que agir com razão para não colocar em dúvida tudo que conquistamos. . O que tiver que ser feito, será. Na justiça. Não se preocupem. Vamos manter a paz. #AutismoNãoÉAdjetivo”, escreveu ele na legenda do post. Confira o vídeo abaixo:

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Peço, de coração, que os ataques cessem. O que tiver que ser feito, que seja feito da forma eficiente, na justiça, no silêncio, sem exposição e agressividade. Dos dois lados. . A @fatimadekwant e a @reunida.autismo estão em cima de tudo. E estão me reportando. . Comunidade, precisamos de paz até para lutar. Se perdemos o respeito, nos tornamos iguais ou piores que nossos agressores. Se perdemos o respeito, não podemos exigi-lo. Nossa batalha não é fácil, eu sei, mas temos que agir com razão para não colocar em dúvida tudo que conquistamos. . O que tiver que ser feito, será. Na justiça. Não se preocupem. Vamos manter a paz. . #AutismoNãoÉAdjetivo

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Autismo: o transtorno que afeta 70 milhões de pessoas

O Autismo começa na infância e pode persistir na adolescência e na idade adulta. Nos primeiros cinco anos de idade já é possível notar alguma característica do transtorno, seja na comunicação ou ao realizar atividades. “Antes dos três anos de idade os sinais começam a aparecer e são acompanhados pela dificuldade de interação com os pais e com outras crianças. É comum, nestes casos, dar nome a coisas, mas não dizer, por exemplo, “papai ou mamãe”. Elas ficam fixadas em rituais comportamentais, estímulos sensoriais e prestam atenção a situações que para algumas pessoas não dão tanta importância”, explica o psiquiatra da NeuroAnchieta Ronney Eustórgio Machado.

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