Alimentos ultraprocessados estão ligados a mortes prematuras
Consumo maior que quatro porções por dia desse tipo de alimento pode aumentar o risco de morte em 62%
Já era sabido que alimentos ultraprocessados não fazem bem à saúde, mas agora cientistas descobriram que seu consumo pode estar associado a mortes prematuras. Os especialistas, no entanto, não estão totalmente seguros sobre a descoberta e defendem mais pesquisas sobre o assunto.
A ligação foi observada em testes feitos pela Universidade de Navarra, que monitorou a dieta de cerca de 20 mil universitários voluntários, com idades entre 20 e 91 anos, a cada dois anos, ao longo de uma década. Durante o estudo, 335 participantes morreram.
Para cada 10 mortes entre os que comeram menos alimentos ultraprocessados, houve 16 mortes entre os que comeram mais alimentos desse tipo.
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Analisando os dados, a equipe descobriu que um maior consumo de alimentos altamente processados – mais de quatro porções por dia – estava associado a um aumento de 62% no risco de morte prematura.
Mas o que é considerado alimento ultraprocessado?
O termo se refere à classificação de alimentos pela quantidade de processamento industrial que passaram. Os alimentos ultraprocessados, muitas vezes, têm uma infinidade de ingredientes em sua composição, incluindo conservantes, edulcorantes ou intensificadores de cor.
Geralmente, os produtos desta categoria são ricos em gordura de má qualidade, adição de açúcar e sal, além de baixa densidade de vitaminas e fibras, e são economicamente rentáveis para a indústria.
Nesta categoria estão carne processada, como salsichas e hambúrgueres; cereais matinais ou barras de cereal; sopas instantânea; bebidas açucaradas; nuggets de frango; bolo; chocolate; sorvete; pão produzido em larga escala; shakes e refeições prontas, como torta e pizza.
Esse não é o primeiro estudo que enxerga problemas em alimentos processados. O número de pesquisas que ligam essas comidas a efeitos nocivos na saúde é crescente. Já foi descoberto no passado que o consumo de alimentos altamente processados está ligado a riscos mais altos de obesidade, pressão alta, colesterol alto e câncer.