Descubra a leguminosa que reduz inflamação e protege seu coração, segundo estudo

Novo estudo da Sociedade Americana de Nutrição mostra como incluir a leguminosa na dieta pode reduzir inflamação, proteger o coração e prevenir diabetes

Por Silvia Melo em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
05/06/2025 12:15 / Atualizado em 24/06/2025 22:52

Presente diariamente na mesa dos brasileiros, o feijão não é apenas um acompanhamento tradicional, mas um verdadeiro aliado da saúde. De acordo com uma nova pesquisa apresentada no congresso Nutrition 2025, realizado na Flórida (EUA), o consumo diário dessa leguminosa tem impacto direto na saúde cardiovascular e no metabolismo, especialmente na prevenção de doenças como diabetes, hipertensão e obesidade.

O estudo, conduzido pela Sociedade Americana de Nutrição, acompanhou 72 voluntários diagnosticados com pré-diabetes durante 12 semanas. Os participantes foram divididos em três grupos, e cada grupo incluiu diariamente uma xícara de feijão preto, grão-de-bico ou arroz na alimentação.

O resultado mais expressivo foi observado no grupo que consumiu feijão preto. Eles apresentaram uma redução significativa nos níveis de inflamação. A citocina pró-inflamatória — marcador que indica inflamação no corpo — caiu de 2,57 pg/mL para 1,88 pg/mL. Isso demonstra que o feijão possui efeito anti-inflamatório, ajudando a proteger contra doenças crônicas.

Além disso, o grupo que ingeriu grão-de-bico também apresentou benefícios. O colesterol total foi reduzido de 200,4 mg/dL para 185,8 mg/dL, reforçando o papel das leguminosas na proteção cardiovascular.

Consumir feijão pode reduzir inflamação, proteger o coração e prevenir diabetes, hipertensão e obesidade
Consumir feijão pode reduzir inflamação, proteger o coração e prevenir diabetes, hipertensão e obesidade - victoriya89/istock

Feijão no prato, saúde no corpo

Os pesquisadores recomendam que o feijão seja incluído de forma regular na dieta, substituindo alimentos ultraprocessados ou pobres em nutrientes. Ele pode ser adicionado a saladas, sopas ou combinado com outros grãos.

No entanto, é importante observar a forma de preparo. Evite excesso de sal, açúcar ou conservantes, e prefira sempre o feijão feito em casa, fugindo das versões industrializadas.

“Essas descobertas mostram como uma mudança simples, barata e acessível na alimentação pode gerar grandes impactos na prevenção de doenças crônicas e na promoção da saúde”, afirma Morganne Smith, autora do estudo.

Além de ser fonte de proteínas, fibras, ferro e antioxidantes, o feijão ajuda a manter o intestino saudável, melhora a saciedade e regula os níveis de glicose no sangue — pontos essenciais para quem busca envelhecer com mais saúde.