Couve, alface e outros vegetais de folhas verdes proporcionam muitos benefícios à saúde. Um estudo da Rush University, nos EUA, avaliou aproximadamente mil pessoas com 81 anos e a quantidade de folhas verdes consumidas por esse grupo.

Ao longo de 5 anos, os pesquisadores avaliaram as habilidades cognitivas, memória, atenção e velocidade perceptiva dos idosos.

Os resultados do estudo sugerem que pessoas que comeram uma porção de vegetais verdes folhosos tiveram uma taxa mais lenta de declínio em testes de memória e habilidades de pensamento do que pessoas que raramente ou nunca os comeram.

Ainda segundo o estudo, adultos mais velhos que comeram pelo menos uma porção de vegetais verdes folhosos mostraram ser 11 anos mais jovens cognitivamente.

Os resultados do estudo foram publicados na edição de 20 de dezembro da Neurology, o periódico médico da American Academy of Neurology.

Detalhes do estudo

O estudo recrutou voluntários 1.068 participantes que  preencheram um questionário de frequência alimentar, sendo que 960 realizaram ao menos duas avaliações cognitivas para análises de mudanças cognitivas.

Essas 960 pessoas, com idade média de 81 anos no início e sem demência, passaram por avaliação anual de suas habilidades de pensamento e memória, por uma média de 4,7 anos, e relataram o consumo de vegetais específicos.
 
O estudo dividiu os participantes em cinco grupos com base na frequência com que comiam vegetais de folhas verdes e comparou as avaliações cognitivas daqueles que comiam mais (uma média de cerca de 1,3 porções por dia) e daqueles que comiam menos (0,1 porções por dia).

O que os pesquisadores observaram ao longo dos anos de acompanhamento foi que a taxa de declínio para aqueles que comeram mais folhas verdes foi mais lenta do aqueles que comeram menos folhas verdes. A diferença foi equivalente a ser 11 anos mais jovem em idade.

Mas os autores destacaram que o estudo não prova que comer vegetais verdes e folhosos retarda o envelhecimento do cérebro, mas mostra uma associação.