Entenda como o ombro pode sinalizar diabetes
Condição pode causar capsuite adesiva e levar à dor e rigidez
O diabetes é uma condição metabólica associada a sintomas como sede excessiva, micção frequente e fadiga. Mas também pode manifestar-se de maneiras menos óbvias, incluindo sintomas musculoesqueléticos. Surpreendentemente, o ombro pode ser um desses sinais.
O ombro é uma articulação complexa que permite uma ampla gama de movimentos. No entanto, certas condições médicas, incluindo diabetes, podem afetar os tecidos ao redor do ombro.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC), pode ocorre uma inflamação e enrijecimento da cápsula articular do ombro. Isso pode levar a sintomas como dor, rigidez e fraqueza.
Síndrome do ombro congelado
Um dos problemas comuns associados ao diabetes que pode afetar o ombro é a capsulite adesiva, também conhecida como “ombro congelado”.
Esta condição é caracterizada pela inflamação e espessamento da cápsula articular do ombro, levando a dor intensa e restrição dos movimentos.
Embora a causa exata da capsulite adesiva em pacientes diabéticos não seja totalmente compreendida, acredita-se que seja devido a alterações na circulação sanguínea e na cicatrização de tecidos associadas ao diabetes.
Neuropatia diabética
Outra condição musculoesquelética relacionada à diabetes é a neuropatia diabética, que afeta os nervos periféricos. A neuropatia diabética pode causar dor, formigamento, dormência e fraqueza nos ombros e membros superiores.
Esses sintomas podem se manifestar como uma dor difusa ou ardência no ombro, que pode piorar à noite.
Além disso, o diabetes também está associado a um risco aumentado de doença articular degenerativa, como osteoartrite.
A osteoartrite pode afetar qualquer articulação do corpo, incluindo o ombro, e causa dor, rigidez e limitação dos movimentos.
Embora a osteoartrite possa ser uma condição crônica relacionada à idade, os indivíduos com diabetes têm um risco aumentado de desenvolvê-la precocemente e de forma mais grave.
Como é o tratamento da síndrome do ombro congelado em diabéticos?
O tratamento da síndrome do ombro congelado em pacientes diabéticos requer uma abordagem cuidadosa e abrangente, visando aliviar a dor, restaurar a amplitude de movimento e prevenir complicações a longo prazo.
A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento.
Exercícios específicos de alongamento e fortalecimento ajudam a melhorar a flexibilidade e a mobilidade do ombro.
Os médicos também podem prescrever medicamentos para ajudar no controle da dor e da inflamação.
Mas em alguns casos, podem ser necessárias injeções de corticosteroides diretamente na articulação do ombro para proporcionar alívio temporário da dor e da inflamação.
Além das abordagens convencionais, as terapias alternativas como acupuntura, quiropraxia e massagem terapêutica podem ser um complemento ao tratamento padrão.
Essas terapias podem ajudar a relaxar os músculos tensos, melhorar a circulação sanguínea e promover o bem-estar geral do paciente.
Em casos graves e resistentes ao tratamento conservador, a cirurgia pode ser uma opção.
Os procedimentos cirúrgicos para a síndrome do ombro congelado podem incluir a liberação da cápsula articular e a remoção de aderências.
O objetivo é restaurar a amplitude de movimento e aliviar a dor crônica.
Outros sintomas de diabetes
- Aumento da sede e boca seca
- Micção frequente, especialmente à noite
- Fome excessiva, mesmo após comer
- Fadiga e fraqueza persistentes
- Visão turva
- Feridas que cicatrizam lentamente
- Infecções frequentes, como por exemplo infecções urinárias ou de pele
- Formigamento ou dormência nas mãos ou pés
- Mudanças de humor frequentes
- Perda de peso inexplicável (especialmente em diabetes tipo 1)