Estudo brasileiro liga risco de ataque cardíaco à falta de perdão

De acordo com pesquisadora, o relacionamento entre o perdão e o coração é bastante amplo

Guardar rancor faz mal ao coração, de acordo com pesquisadora
Créditos: andriano_cz/istock
Guardar rancor faz mal ao coração, de acordo com pesquisadora

Remoer sentimentos ruins pode nos adoecer. É o que sempre demonstrou o nosso senso comum, mas agora um estudo brasileiro confirmou que a falta de perdão está ligada a um risco maior de um indivíduo sofrer um infarto agudo do miocárdio.

A pesquisa foi realizada pela psicanalista Suzana Avezum, que explorou o tema sem seu trabalho de mestrado. Para isso, ela pediu para que 130 pacientes respondessem a dois questionários sobre a disposição ao perdão e sobre espiritualidade. Segundo Suzana, a espiritualidade, aparece associada à maior disposição para perdoar.

Os participantes do estudo foram classificados em dois grupos: o primeiro formado por 65 pessoas sem histórico de doenças cardiovasculares e o segundo com outras 65 que já haviam infartado anteriormente. Ao analisar as repostas, a pesquisadora percebeu que o grupo que sofreu infarto apresentou maior tendência a não perdoar as mágoas sofridas durante a vida.

O que pode explicar a relação entre problemas emocionais e doenças cardíacas são os hormônios do estresse, que provocam respostas fisiológicas de defesa, podendo levar o corpo a desenvolver patologias.

O estudo soma-se a outros tantos que já mostraram que o estresse e as tensões emocionais são os grandes inimigos do coração. Preocupações diárias, excesso de trabalho, insegurança, frustrações, pressão, entre outros sintomas, são muito prejudiciais à saúde cardíaca.