Gordura no fígado? Veja o que realmente funciona para reverter o problema
Mudanças simples no estilo de vida, como alimentação equilibrada e prática regular de exercícios, podem reverter a esteatose hepática

A gordura no fígado, conhecida como esteatose hepática, é uma condição silenciosa que afeta cerca de 20% dos brasileiros, segundo estimativas médicas.
Embora muitos não apresentem sintomas nas fases iniciais, o acúmulo excessivo de gordura nas células hepáticas pode evoluir para inflamações graves, como a esteato-hepatite, cirrose e até câncer de fígado.
A boa notícia é que, na maioria dos casos, o quadro é reversível com mudanças no estilo de vida.
Mas, afinal, como eliminar gordura no fígado de forma eficaz?
Alimentação: o primeiro passo
A dieta é o pilar central no tratamento da esteatose hepática. Evitar alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, farinha refinada e gordura trans, é essencial para controlar o peso e reduzir o acúmulo de gordura no fígado. Refrigerantes, doces, pães brancos, fast food e frituras devem ser substituídos por opções naturais e integrais.
Inclua na rotina alimentos ricos em fibras, antioxidantes e gorduras boas. Verduras, legumes, frutas com baixo índice glicêmico (como maçã, pera e morango), grãos integrais, azeite de oliva, castanhas e peixes como salmão e sardinha são altamente benéficos. O café — sem açúcar e em quantidades moderadas — também tem efeito protetor, ajudando a reduzir os níveis de enzimas hepáticas.
Atividade física
A prática regular de exercícios físicos é um dos meios mais eficazes para reverter a gordura no fígado. A recomendação é realizar pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica por semana, como caminhada, corrida, ciclismo ou natação. Exercícios de resistência, como musculação, também contribuem para a queima de gordura visceral e ajudam na melhora da sensibilidade à insulina.

Estudos mostram que mesmo uma perda de peso modesta, de 5% a 10% do peso corporal, já é suficiente para reduzir significativamente a gordura hepática. Por isso, criar uma rotina ativa, com pequenos hábitos como subir escadas, caminhar após as refeições e evitar longos períodos sentado, pode fazer grande diferença.
Controle de doenças associadas e acompanhamento médico
A esteatose hepática está frequentemente associada a outras condições metabólicas, como obesidade, diabetes tipo 2, colesterol alto e hipertensão. Controlar esses fatores é fundamental para evitar a progressão da doença. Monitorar os níveis de glicose, pressão arterial e colesterol, bem como manter o peso sob controle, são medidas essenciais.
O acompanhamento médico é indispensável, especialmente nos casos em que a esteatose já está avançada. Exames como ultrassonografia abdominal, exames de sangue (TGO, TGP e GGT) e, em casos mais graves, biópsia hepática, ajudam a determinar o grau de comprometimento do fígado e a necessidade de tratamento mais específico.
Evite álcool e medicamentos hepatotóxicos
O consumo de álcool é um dos principais vilões para o fígado. Mesmo em pequenas quantidades, ele pode acelerar a progressão da esteatose hepática, especialmente quando combinada com sobrepeso. Além disso, alguns medicamentos de uso contínuo podem sobrecarregar o fígado. Por isso, qualquer suplementação ou medicação deve ser orientada por um médico.