Hábito à mesa aumenta seu risco de câncer em 40%
Pesquisa associou hábito a um maior risco de câncer gástrico numa grande amostra de adultos do Reino Unido
Depois de se servir no almoço ou jantar, você recorre ao saleiro? Pois saiba que este hábito pode aumentar seu risco de câncer em até 40%, de acordo com uma pesquisa.
Os cientistas que publicaram o resultado do estudo no periódico Gastric Cancer, em abril, alertaram que isso é especialmente prejudicial para o estômago.
Para esta análise, eles utilizaram como base informações de 471.144 adultos. Esses dados vieram do UK Biobank, um repositório biomédico que armazena dados genéticos, de estilo de vida e de saúde, além de amostras biológicas de meio milhão de cidadãos britânicos.
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Os pesquisadores analisaram questionários que perguntavam às pessoas com que frequência elas adicionavam sal à comida.
Durante um período médio de acompanhamento de quase 11 anos, foram registrados 640 casos de câncer gástrico.
Aquelas que diziam “sempre” ou “frequentemente” adicionar sal à comida tinham 39% mais probabilidade de desenvolver câncer de estômago durante um período de observação.
O papel da ingestão de sal na dieta no risco de câncer gástrico tem sido alvo de estudos, mas as evidências são inconclusivas.
Alguns estudos levantam a hipótese de seu papel na perturbação da mucosa do estômago e tornando-o mais suscetível à colonização por H. pylori, que é responsável por mais de 60% dos casos de câncer de estômago.
Câncer de estômago
O câncer de estômago é o quinto câncer mais comumente diagnosticado em todo o mundo.
O risco aumenta com a idade e é mais prevalente em homens, enquanto outros fatores que aumentam o risco incluem uso de cigarro e álcool, infecção por Helicobacter pylori (H. pylori), consumo de alguns alimentos conservados em sal de estilo asiático e excesso de peso/obesidade.
Quais os sintomas do câncer de estômago?
- sensação de estômago sempre cheio;
- perda de apetite e de peso sem causa aparente;
- náuseas e vômitos (com ou sem sangue) frequentes;
- presença de sangue nas fezes (que ficam escurecidas, pastosas e com odor muito forte);
- sensação de desconforto abdominal persistente;
- sensação de fadiga constante.
Como prevenir câncer de estômago?
Prevenir o câncer de estômago envolve adotar diversas estratégias que abrangem mudanças no estilo de vida e cuidados com a saúde.
Primeiramente, é fundamental manter uma dieta saudável e equilibrada. Assim, é recomendável consumir uma variedade de frutas e vegetais frescos, que são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, os quais ajudam a proteger as células do estômago.
Além disso, é importante reduzir o consumo de alimentos processados e ricos em sal, pois esses alimentos podem aumentar o risco da doença.
Ademais, evitar o tabagismo é fundamenta, já que fumar não só afeta os pulmões, mas também pode aumentar significativamente o risco de câncer de estômago.
Em conjunto com isso, limitar o consumo de álcool é igualmente importante. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está associado a um maior risco de vários tipos de câncer, incluindo o de estômago.
Outro fator importante na prevenção do câncer de estômago é a manutenção de um peso saudável.
A obesidade está associada a um risco maior de vários tipos de câncer, e manter um peso corporal adequado através de uma alimentação balanceada e exercícios regulares pode reduzir esse risco.
Além disso, a prática regular de exercícios físicos não só ajuda na manutenção do peso, mas também melhora a saúde geral e fortalece o sistema imunológico.
É igualmente importante prestar atenção aos sinais e sintomas de possíveis infecções por Helicobacter pylori (H. pylori), uma bactéria que pode causar inflamação crônica no estômago e está associada a um risco aumentado de câncer de estômago.
Portanto, se você tiver sintomas como dor abdominal persistente, náuseas ou indigestão, é essencial consultar um médico para avaliação e possível tratamento.
Além disso, para aqueles com histórico familiar de câncer de estômago, é especialmente importante realizar check-ups médicos regulares.
Esses exames podem ajudar na detecção precoce de alterações pré-cancerosas ou câncer em estágio inicial, quando o tratamento pode ser mais eficaz.