Harvard indica o jeito mais eficaz de fazer jejum intermitente

Pequena mudança nos horários do jejum pode surtir um efeito positivo na saúde

30/05/2019 16:06

Teste feito com homens descobriu como tirar o melhor proveito do jejum intermitente
Teste feito com homens descobriu como tirar o melhor proveito do jejum intermitente - Rocky89/istock

O jejum intermitente trabalha a ideia de deixar o corpo sem comida por um tempo para que, nesse período, ele use os estoques gordura antes da próxima refeição.

O método funciona porque carboidratos, particularmente açúcares e grãos refinados, são rapidamente transformados em açúcar, que usamos para ter energia. Se não utilizamos todo o estoque, armazenamos essa açúcar em nossas células adiposas como gordura.

De acordo com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, de fato, as evidências confirmam a eficácia do jejum intermitente, que geralmente restringe as refeições a um período de 8 a 10 horas. Mas até então, os testes eram feitos com ratos.

Agora, a investigação foi além e realizou um experimento com um grupo de homens obesos com pré-diabetes, que foram divididos em dois grupos. O primeiro, era orientado a comer em um período de 8 horas, das 7h às 15h; e o outro deveria comer em um período de 12 horas, das 7h às 19h.

Ambos os grupos mantiveram seu peso (não ganharam ou perderam), mas após cinco semanas, o grupo de oito horas apresentou níveis de insulina dramaticamente mais baixos e melhorou significativamente a sensibilidade à insulina, bem como registraram uma pressão arterial significativamente menor. Além disso, esse grupo também apresentou diminuição significativa do apetite.

Estratégia de prolongar jejum noturno pode ser mais vantajosa
Estratégia de prolongar jejum noturno pode ser mais vantajosa - AndreyPopov/istock

Em resumo, foi observado que pessoas que mudaram o horário das refeições, optando por comer no início do dia e prolongando o jejum noturno, beneficiaram significativamente o metabolismo mesmo quando elas não tiveram perda de peso.

A professora Monique Tello, da Universidade de Harvard, lembra – no entanto – que pessoas com diabetes avançado ou que estejam tomando medicamentos para diabetes, pessoas com histórico de transtornos alimentares como anorexia e bulimia e mulheres grávidas ou amamentando não devem tentar jejum intermitente, a menos que tenha a supervisão de um médico.