Harvard indica o jeito mais eficaz de fazer jejum intermitente
Pequena mudança nos horários do jejum pode surtir um efeito positivo na saúde
O jejum intermitente trabalha a ideia de deixar o corpo sem comida por um tempo para que, nesse período, ele use os estoques gordura antes da próxima refeição.
O método funciona porque carboidratos, particularmente açúcares e grãos refinados, são rapidamente transformados em açúcar, que usamos para ter energia. Se não utilizamos todo o estoque, armazenamos essa açúcar em nossas células adiposas como gordura.
De acordo com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, de fato, as evidências confirmam a eficácia do jejum intermitente, que geralmente restringe as refeições a um período de 8 a 10 horas. Mas até então, os testes eram feitos com ratos.
Agora, a investigação foi além e realizou um experimento com um grupo de homens obesos com pré-diabetes, que foram divididos em dois grupos. O primeiro, era orientado a comer em um período de 8 horas, das 7h às 15h; e o outro deveria comer em um período de 12 horas, das 7h às 19h.
Ambos os grupos mantiveram seu peso (não ganharam ou perderam), mas após cinco semanas, o grupo de oito horas apresentou níveis de insulina dramaticamente mais baixos e melhorou significativamente a sensibilidade à insulina, bem como registraram uma pressão arterial significativamente menor. Além disso, esse grupo também apresentou diminuição significativa do apetite.
Em resumo, foi observado que pessoas que mudaram o horário das refeições, optando por comer no início do dia e prolongando o jejum noturno, beneficiaram significativamente o metabolismo mesmo quando elas não tiveram perda de peso.
A professora Monique Tello, da Universidade de Harvard, lembra – no entanto – que pessoas com diabetes avançado ou que estejam tomando medicamentos para diabetes, pessoas com histórico de transtornos alimentares como anorexia e bulimia e mulheres grávidas ou amamentando não devem tentar jejum intermitente, a menos que tenha a supervisão de um médico.